Mission Impossible

(12)

Precisava achar Yoongi, e caminhando pelo beco estreito, a realidade daquilo me jogou contra a parede.
Passei por garotos armados na porta, que não me revistaram e não se importaram com minha presença. Eu estava ficando conhecido no covil dos Bangtan, e isso era uma droga.

Ao passar pela porta, senti o cheiro de drogas não legalizadas, e meu lado espião queria seguir a lei e apreender tudo e levar para o depósito da agência, mas me controlei, respirando fundo, meu objetivo aqui era outro.

Caminhei por entre traficantes e terroristas, procurando a porta do escritório de Suga, e passando pela mesma sem bater, como me acostumei nas últimas semanas.
Hoseok estava no escritório com o chefe, mas assim que me viu se despediu de Yoongi e saiu, fechando a porta atras de mim.

Min Yoongi juntou as mãos sobre a mesa, apoiando o queixo enquanto sorria fino, com o olhar preso ao meu.
-Se eu não te achasse tão atraente  como meu inimigo, diria que fica lindo como gângster.

Me aproximei, sorri fraco e sentei na cadeira em sua frente. Suga levantou rodeando a mesa e ficando em pé, em minha frente, se escorando em sua mesa.
-Precisamos conversar- anunciei, olhando fundo nos seus olhos castanhos, decidindo ser direto- Essa não é minha vida, não quero isso pra mim, não quero namorar um criminoso e continuar seguindo a lei. Tive que escolher e escolhi a mim.

O de fios verdes foi pego de surpresa, e levantou a sobrancelha. Meu corpo rápido como a luz, levantou da cadeira e sem querer se jogou contra os lábios de Suga.
Poucas lágrimas irromperam de meus olhos, deixando aquele beijo meio molhado.
A mão de Min pousava possessivamente em minha cintura, eu sentiria falta de sua dominação sobre mim.
-Jimin eu...- tentou dizer, mas aprofundei novamente o beijo. Se Suga falasse eu mudaria de ideia, e eu não podia mudar de ideia.

Min Yoongi me levantou, me colocando sentado em sua mesa com as pernas enlaçadas em si.
Ele afastou meu rosto de leve, procurando meus olhos.
-Eu prometi que compraria a missão de te fazer feliz- Os olhos marejados do inimigo me machucavam, seus dedos tocavam meu rosto e limpava o caminho das lágrimas- Isso te fará feliz, Jimin? Se afastar de mim?

Respirei fundo, desviando o olhar.
-Farei o que você quer- as palavras cortaram como facas na voz fraca do garoto.
-Suga..- sussurrei, voltando a olhá-lo, com a voz chorosa- Me faça feliz por completo uma última vez, aí poderei seguir minha vida..

E quando Min Yoongi tomou meu corpo para si, naquela mesa de escritório, eu tive a total certeza de que não seria feliz sem isso, sem ele, sem tudo isso.

Me vesti em silêncio, ao sair pela porta dando um prazo de dois dias para Min sumir, e uma promessa de não ser preso e nem morto por minhas mãos ou de minha equipe.

//Min Yoongi//

Descansei a cabeça na mesa daquele bordel, um mês depois de Park Jimin sair da minha vida e eu só conseguia descontar a raiva na morte de divisores, explosões leves em mercados e estabelecimentos fechados a noite, e no whisky.

Os Bangtan ficaram na mais nova acomodação em Hongdae, e eu decidi fazer uma visita em Incheon, dirigir a 180km/h para apenas ver uma ponte, a qual fui largado uma vez, no dia em que percebi que Jimin não conseguiria me matar, porque ele estava provando do maior veneno, a paixão.
-VOCÊ É UM IDIOTA!- gritei para as águas com amargura- PARK JIMIB VOCÊ É UM IDIOTA QUE PERCEBEU TARDE DEMAIS O QUANTO EU ESTAVA APAIXONADO POR VOCÊ! O quanto.. me encantou desde a primeira vez que pus meus olhos no seu..

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Quando voltei para casa, ela estava vazia, e só percebi que aquilo era ruim, quando pichado nitidamente na parede de meu quarto, estava as iniciais ACGC desleixadamente com a caligrafia apressada de Jungkook.