-...Pandora...
- Pandora! PANDORA!! Levanta ou vai se atrasar! - A mãe a chamou sem muita paciência.
- Desculpa, mãe...- Murmurou ainda bastante sonolenta e voltou a dormir.
- Levanta!!!- A mãe puxou as cobertas que aqueciam a menina e as jogou no chão. Pandora estava seminua, detestava dormir de roupa, e o frio rapidamente abraçou seu corpo quente.
- Nossa, Mãe! - ela se levantou, desajeitada, tentando se vestir para ficar confortavelmente aquecida dentro das roupas.A mãe saiu do quarto e foi para a cozinha preparar café. Pandora adorava esse cheiro único da manhã: café, pães, terra molhada de sereno, isso a fazia gostar das manhãs mesmo detestando acordar cedo.
Com 15 anos, porém, com apenas duas semanas para completar 16, Pandora não gostava de receber ordens, detestava seguir regras, não gostava nem de pensar em fazer parte de um mundo obediente. É claro que ela estava uma fase bastante rebelde, uma adolescência conturbada.
Pandora também lidava com uma segunda depressão, sempre se sentiu rejeitada, abandonada, traída, desprezada, na verdade nem ela sabia como explicar, era apenas vazia.
Nunca tentou se suicidar mesmo que a ideia já tenha passado - inúmeras vezes - pela sua cabeça. A jovem tem apenas algumas pequenas multilações no braço esquerdo e no tornozelo direito.Ela tinha cabelos longos e negros, pele parda, lábios agradáveis e um belo par de olhos castanhos-escuro.
Depois de tomar o café, ela escovou os dentes, pegou o celular, a bolsa e saiu. A mãe a levava ao colégio todos os dias em um carro popular simples, moravam no campo a mais ou menos 30 minutos da pequena cidade onde a filha estudava.
- Tchau, Mãe, até mais tarde!- despediu-se da mãe com um beijo em seu rosto e desceu.
De certo modo, Pandora gostava de ir à escola, apesar de não ter muitos amigos, era bom porque assim ela se distraia, mas, ultimamente nada mais a animava, nada a interessava, as aulas eram cada vez mais chatas e em seu pequeno círculo de amizades se formavam casais e ela preferia se afastar. Continuava sozinha, chegou à conclusão de que ela poderia ser o tipo de garota que meninos gostam de olhar e ver apenas a sua bunda ao invés do seu caráter.
Ouvia o sinal tocar às 7:15, um som estridente e chato, já tão rotineiro que não fazia mais tanta diferença, vez ou outra nem percebia que tinha tocado. A primeira aula era de matemática, uma das matérias que não gostava muito, mas, esse ano deu sorte com uma boa professora.
Trina, sua amiga, já estava na sala, costumava chegar um pouco mais cedo na maioria das vezes. Ela sempre recebia Pandora com um sorriso e dizia "Olá!" dava-lhe um abraço e perguntava "tudo bem?", a resposta era sempre a mesma:- Tô normal. - Raramente ela se convensia de que poderia estar bem.
- Um normal tipo: bom ou ruim? - Questionou.
- O de sempre, você sabe.
Trina era uma garota negra, estilosa e amável, estava sempre alegre e sorridente, ela tinha o cabelo todo feito com tranças divertidas, algumas vezes com mechas roxas e outras sem mecha alguma. Ela queria ver seus amigos sempre bem ou ajudar no que fosse possível para que se sentissem melhor.
- O que vai fazer depois da escola hoje? - Trina perguntou baixinho.
- Nada, só vou embora.
- Nós podiamos sair e passear.
- Não podemos fazer isso no intervalo?- indagou Pandora, esquecendo-se de falar baixo.
- Shhiii!!! Silêncio as duas, chega de conversinha! - ordenou a professora.
As duas ficaram quietas e trocaram olhares, Pandora pegou seu celular e digitou uma mensagem para Trina:
Pando:
Pq ñ saímos no intervalo???Trina:
Pouco tempo 😐Pando:
Qr mais tempo pra q?😑Trina:
Pra conversar mais, tomar capuccino! hmmmmmmmmmm....😌😌😌Pando:
Tudo bem! Ligo pra minha mãe no intervalo e a tarde saímos. Ok?Trina:
Ok!- Meninas! Desliguem os celulares agora!
💙
NOTA: Apesar deste capítulo não ter sido muuuito bom, se você está gostando da história, por favor, comente, deixe sua "estrelinha" e faça essa autora feliz! ^-^
E lembre se: NÃO SEJA UM LEITOR FANTASMA!!!
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Lobos de Cinzas
FantasyOs dias eram frios, mas, o Sol sempre brilhava sobre a vasta floresta ao leste, onde viviam animais peculiares. Bem próxima à floresta, por assim dizer, bem ao lado, morava uma adolescente curiosa chamada Pandora, vivia com sua mãe que se agarrava a...