Pensar

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A noite chegou de fininho
Como você.
Que chegou de mansinho
E se infiltrou no meu caminho.

O que era pra ser bonitinho
Tornou-se um enrolado pergaminho

Nem bom
Nem mal
Apenas e simplesmente normal

Como viver uma vida
Se a única coisa na mente
É uma faca enfiada
Na sua carne?

Não há necessidade de rimar
Apenas há a necessidade
Do meu pensamento pensar
E a escuridão, a claridade tomar.

E nesse martírio sem fim
Viajo com flor de jasmim
Oque seria de mim
Sem poemas sem fim?

Tudo faz parte da continuidade
Tudo é antiguidade
Somos parte da humanidade
E um pedaço da desigualdade

Venha comigo
Lhe darei abrigo
Lhe torturarei
E lhe chamarei de amigo.

Não me negue esse pedido
Te dou apenas um aviso
No canto, no escuro
Bem escondido

Está a marca de um passado mal vivido
E a esperança de um presente renascido
Somos todos frutos
De um mundo fingido

Falsidade é a chave
Para abrir a porta da felicidade
Pois a verdade
Nada mais é que que o reflexo da maldade.

Nesse contexto sem nexo
Nesse poema perplexo
Você só compreende
Se sentir o mesmo.

Poemas DesconexosOnde histórias criam vida. Descubra agora