Enfim, Liberta!

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As serpentes presas em minha cabeça,
Serpenteiam e chicoteiam meu rosto
Sem dó, com muita voracidade

Penso em afasta-las
Mas a sensação até que é boa

Deixo-as ao vento
Deixo-as livre...

LIVRE!

LIVRE, é oque eu quero ser
Talvez eu até já seja
Ou talvez não

Sou pressa, reprimida!
Pela sociedade, e pela minha mente

Mas oque mais me incomoda
É saber, que eu estou presa dentro de mim.

Mas isso vai acabar
Aqui, agora, em cima deste objeto motorizado de duas rodas

Vou deixar me levar
Vou deixar me transportar para a felicidade
Vou deixar me dar a liberdade

Serei livre finalmente

Logo a frente
Vejo um morro
Uma descida
Uma ladeira
Um precipício

Coração machucado
Alma ferida quase inexistente
Corpo vazio
Mente traiçoeira
200 km/hr
Moto sem freio

Encontrei a liberdade
Encontrei a felicidade
Encontrei a minha vida
Em uma outra civilidade

Não posso reclamar
Apesar de aqui ser muito calor
Ainda assim
Encontrei pessoas com o mesmo valor.

Coração machucado
Alma ferida quase inexistente
Corpo vazio
Mente traiçoeira
200 km/hr
Moto sem freio.

Poemas DesconexosOnde histórias criam vida. Descubra agora