2° Capítulo

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Me chamo Trevor Thompson, tenho 19 anos e moro somente com a minha mãe desde meus 14 anos , devido a trágica morte de meu pai e desde então decidi seguir seus passos me tornando policial.

(Lembrança)

Era de noite e como de costume estávamos esperando meu pai para o jantar, quando alguém bate à porta, minha mãe foi abrir, reconhecemos o policial era o parceiro de meu pai o Sr° Bill, dizendo que teríamos que acompanha-lo até a delegacia e lá ele explicaria, ficamos sem entender o motivo, então acompanhamos ele ate lá.
Chegando no distrito policial, recebemos a notícia direto do delegado e ele disse:

-Sinto muito, mas agora na última ronda, havia um mercado sendo assaltado e houve uma troca de tiros, onde o policial Anthony Thompson foi ... ele foi ... baleado e infelizmente não resistiu.

Ao ouvir isso, minha mãe entrou em desespero e desmaiou, eu fiquei ali parado sem reação, quando minha ficha caiu comecei a chorar desesperadamente ao lado da minha mãe.

***

Hoje faz dois anos que entrei na policia. Aos 17 anos assim que terminei os estudos recebi uma proposta do delegado Gibson e desde então estou em treinamento, seguindo os passos de meu pai.
Na delegacia não faço nada demais, arquivo os casos, registro as ocorrências, participo de rondas de vez em quando e agora estou aprendendo a interrogar.
Hoje foi um dia bom, sem muito trabalho e eu só conseguia pensar na noite em que teria com a minha namorada, pois hoje estamos completando dois anos juntos , preparei uma noite inesquecível para nós, fiz reservas em um restaurante que ela gosta e comprei alianças para oficializar nosso namoro.
Meu celular toca, me tirando de meus pensamentos, quando vi era um número restrito e atendi dizendo:

-Alô, quem é?
-Sou eu sua namorada.
-Namorada? (Eu falo brincando)
-Sim, a Ivy ou você tem outra?
-Não, não tenho senhorita Andrews.
-Assim espero. Te liguei para confirmar sobre hoje a noite, está tudo certo?
-Está sim, até mais tarde.

(...)

Já eram 21:35 , estava acabando meu turno quando o delegado Gibson me pediu para ficar até mais tarde , tinha uma série de papelada para arquivar e ele precisava sair , eu não pude negar pois ele já me ajudou tantas vezes .
Liguei para a Ivy para desmarcar e então ela me disse :

- Hm , e qual o motivo dessa vez ?
- O Delegado Gibson precisou sair e até agora não chegou.
- Toda vez você arruma uma história diferente .
- Desculpe Ivy , podemos marcar para outro dia .
- Quer saber , eu estou com fome e vou na lanchonete nova , tchau Trevor, depois conversamos.

Ela sempre me fazia sair como o errado , Ivy precisa entender o meu trabalho , eu já estou cansado dessas brigas que ela sempre arruma.

(...)

Era meia-noite quando o rádio dá polícia toca, informando que tinha acontecido um assalto e que eles estavam levando a testemunha para a delegacia. Eu estava terminando de arquivar alguns casos quando vi dois policiais entrando com uma garota, liguei para o Gibson :

- Oi Sr° Gibson , tem uma vítima de assalto e ela quer relatar o ocorrido, você vai demorar a chegar?
- Trevor eu não vou conseguir voltar hoje, faça você o interrogatório , do jeito que treinamos .
- Ok senhor .

Ao desligar o telefone fui direto para a sala aonde a vítima estava, entrei e a vi com a cabeça baixa, quando eu me apresentei :

- Olá sou o Trevor Thompson e irei te fazer algumas perguntas .

Ela levanta a cabeça e me responde:

- Olá sou a April Costello .

Sentei em sua frente e comecei com as perguntas

- O que você estava fazendo naquele lugar sozinha e aquele horário?

Quando percebi que ela estava desatenta, estalei meus dedos em sua frente para chamar sua atenção e perguntei

- Você está bem ?

Ela faz uma gesto com a cabeça confirmando que estava bem , me pediu para repetir a pergunta, eu repito e ela responde , fiz mais algumas perguntas e a digo que ela terá que voltar no dia seguinte para fazer o retrato falado , ela confirma e eu a pergunto

- Tem alguém para te buscar ?
- Não ( ela arregala os olhos )
- Aonde você mora ? Eu te levo .

Ela me fala o endereço e a levo para a casa , chegando lá saio do carro e a levo até a porta , bato na mesma , quando uma senhora abre , expliquei o ocorrido, ela me agradece , me despeço delas e vou embora.
Entro no carro vou para a delegacia , no meio do caminho começo a pensar naquela menina ,ela parecia tão assustada , a imagem dela não sai dos meus pensamentos , ela era tão linda .

Atração PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora