Bem-vindo ao meu monstro.
Abra as portas para contemplar
O pior dos seres, é o que verás.
Muitos julgaram
Nenhum deles continuou.
A luta sempre é justa
Quando se vê o ideal.
Nunca desistirei
Pois o dia de amanhã nunca será igual.
Sacrifícios fiz
Por outros fui sacrificado.
No silêncio da escuridão
Fui moldado para o sucesso.
Nem sempre a determinação prevalece
Carregarei na alma as cicatrizes.
Olá tristeza
Você teria tempo para me escutar?
A história de meu monstro
Contarei agora.
Esperança? Nunca tive
Amor? Já ouvi falar.
Irei sempre prosseguir
Em uma história de não desistir.
Abandonado fui
Sozinho nunca estive.
Por trás de meus sorrisos
As lágrimas escorrem.
Ainda muito novo
Minhas cartas foram mostradas.
Quantas vezes chamei de amigo
Àqueles que nunca gostaram de mim?
Quantas vezes lutei sozinho
Para mudar o que pensavam sobre mim?
Cansei disso
Não mais lutarei.
O que me tornei?
O que sempre quis ser.
Estou mais forte do que nunca
Quando me aceitei.
Aos olhos de juízes
Nunca seremos reis.
Nunca precisei de razão
Minha vida é a verdade.
Me olhei tanto nos espelhos
Mas nunca me reconheci.
Quebrarei todos eles
Duplicarei a resiliência e continuarei a persistir.
Sozinho, seguirei meu caminho
Levantando a cabeça mesmo que não tenha chances.
Por você eu lutarei
Mesmo que sinta dor.
Meu coração bombeia força
E o sangue escorre pelas minhas mãos.
A fome foi abatida
Mas o amor carece de atenção.
Ao interior da minha existência
Nem a ciência comprova a falta de essência.
Quantas vezes tive que ficar quieto
Quando o errado não era eu?
Quantos minutos passei chorando
Procurando o motivo de ter sido eu?
Não tenho mais medo do escuro
Pois nele me formei.
Minhas emoções já não valem nessa terra
Pois os juízes estão mostrando gostar da guerra.
Eu sou o astronauta
Em um planeta inabitado.
Procurando o último oxigênio
Antes que morra asfixiado.
Sou carregado por anjos
Suas asas me levam até o céu.
Vejo uma moça
Retiro seu véu.
Nunca pensei que a tristeza fosse tão linda
O paraíso não é o limite da minha noção de céu.
Meu coração não se contenta
Com um simples eu te amo.
Qual é a importância dessa palavra?
Não digo mais de vinte vezes por ano.
Depois de seis meses no inferno
Passei o resto no Carandiru.
Direi cinco vezes que não amo ninguém
Mas me dizem trinta que devo amar.
Não me obrigo a nada
A não ser te abandonar.
Empilhando memórias
Como se fosse construir um castelo.
As boas? Faço um portão de ferro
As ruins? Coloco em uma forca para matar.
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Lágrimas de tinta
PoetryAs vezes eu choro. Então uso as lágrimas como tinta. #182 IN POESIA - 23/11/2017 #133 IN POESIA - 25/11/2017 #21 IN PROSA - 01/10/2019