Lágrimas de tinta

Lágrima 10 - Dezesseis desejos

Mãe, teu corpo pode não estar aqui
Mas no meu, tua memória nunca vai deixar de existir
Sua partida foi tão repentina, que quando você se foi
Eu já estava esperando a vinda.
Tantos anos sem você, meu deus, parece dias
A batida do seu coração era o que fazia eu escutar as minhas
Quando a sua se apagou, minha saudade se aumentou
Vendo que minhas lágrimas seriam pelas palavras do doutor
"Sua mãe não resistiu aos ferimentos"
Tanto lamento, minha vida nunca mais foi igual
Igual á comida que você fazia, seu tempero era maioral
Quando brigava comigo, estava esperando apenas o final
Mas agora tomo qualquer briga de meu pai como um exemplo de não ir para o caminho do mal
Sua herança foi lembranças, seu amor materno
Batendo as mágoas como um martelo
Me pego pensando em você, então lágrimas caem como um temporal
Não tive tempo de dizer, mas cada dia me vejo mais longe de você
Seus abraços tão calorosos, me deixaram nesse mundo
Enquanto os dias passam sendo todos definindo meu futuro
Meu jeito de hoje pode não ser igual ao seu, mas minha mente só se move pra te ver
Aumento aquele som que você gostava, Cazuza
Sou mesmo exagerado, um tijolinho em uma grande masmorra funda
Inspiração tão grande, seus gostos eram refinados
Como o coração de uma grande rainha linda
Seu sorriso alegrava meu dia, fazendo com que todos os problemas se tornassem nada na
minha vida
Mesmo que esse texto seja longo, infindável
Não conta nem um pouco da minha saudade interminável.

Mãe, mesmo longe de você, me sinto perto.
Sinto você no meu coração, aquecendo-me mesmo nos dias mais frios.
Dois anos sem você, mas dezesseis com saudades de te ver!