Cerâmica desaba no solo;
Ódio é multiplicado.
Nem tudo estava errado;
Agredir foi inusitado.
A chuva cai lá fora sem cessar;
Mas em meus olhos se forma o orvalho.
Bonecos de pano surrados;
Empilhados como se fossem nossos.
O ouro que recebemos;
Não cobre o tamanho dos destroços.
Voltamos a ser crianças;
Com os pés descalços.
Em nosso encalço;Migalhas marcam o caminho.
Nossa fome foi maior;
Acabamos com os vestígios.
Prisões invisíveis;
Definem nosso fascínio.
Nas páginas de jornais;
Encontro nossos piores bandidos.
Enquanto os verdadeiros;
Estão em nossas casas escondidos.
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Lágrimas de tinta
PoesiaAs vezes eu choro. Então uso as lágrimas como tinta. #182 IN POESIA - 23/11/2017 #133 IN POESIA - 25/11/2017 #21 IN PROSA - 01/10/2019