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Estava deitada na cama, quando a Bumy me da um susto pulando ao meu lado.

- I ae cara. Pode começar a contar. Quero saber tudo sobre sua história.  

- Bom eu já falei, vivi toda minha vida em um orfanato e.....

Antes que eu termine a frase Bumy me interrompe

- Não, isso não, eu quero saber sua verdadeira história. Quais suas origens? Seus pensamentos, sobre o que deve ter acontecido com seus pais? e também aquele lance com seu olho mudando de cor antes de você desmaiar?

- An? Como assim meu olho mudando de cor? De que cor ele ficou?

- Ficou de um vermelho muito irado, ei, mas não se faça de desentendida. Como você faz isso cara? Eu juro que eu não conto pra ninguém. Por favor? Por favor? Por favor?

- Ai meu Deus, tá bom, mas só se me prometer que não vai contar pra ninguém mesmo. Você promete que não conta pra ninguém? Falo disfarçadamente.

- Prometo não, eu até juru se você quiser. Grita a Bumy eufórica.

Então eu aproximo mina boca do ouvido dela e sussurro: - Você não vai contar pra ninguém né, e eu também não.

- É o que, que historinha é essa? Sua palhaça! Não vale fazer isso pow, você atiça minha curiosidade e depois faz isso, sua ridícula. 

Especula ela irritadíssima, fazendo até biquinho e eu me acabo de rir.

- Ei isso não teve graça viu. Vamos logo dormir, não quero mais saber de nada. Eu nem estava tão interessada mesmo.

- Desculpa Bumy. Eu realmente não sei o que se passa comigo, juro que fiquei surpresa ao ouvir você falar dos meus olhos, não tinha ideia de que isso acontecia. Essas coisas começaram a acontecer faz pouco tempo, ainda é muito estranho pra mim também, mas pra você me perdoar eu vou te contar uma coisa.  

- Não é mais nem uma brincadeira né? A baixinha me interpela desconfiada.  

- Bom, quando vocês chegaram para me chamar lá na biblioteca, eu estava sendo intimada por aquele senhor a não mexer novamente naquele lugar, que é uma parte da biblioteca onde ninguém pode tocar, nem ao menos estar. Porém, acho que você nunca se perguntou o porque daquele local ser tão precioso e supervisionado não é mesmo? - Descrevo entusiasmada tudo o que aconteceu, não sei porque, mas essa louca me inspira confiança.

- É, na verdade nunca me perguntei mesmo, mas agora fiquei curiosa. 

- É ai que estar a questão. Eu vi algo muito estranho acontecer naquele local, algo que me deixou extremamente desejosa de voltar lá, eu tenho que descobrir o que realmente foi aquela luz que saiu dos teclados.

- Pera, que teclados? Temos que ir lá agora, preciso ver isso cara, e sem falar que eu nunca perco uma oportunidade de quebra as regras né. Só tem um probleminha, os alunos não podem ficar rondando o colégio a essas horas.

- E agora? O que vamos fazer?

- Vamos até lá né, dãh!

- Como assim? Você falou que era proibido e eu não quero arrumar confusão logo no meu primeiro dia.

- Bem , cara acho que você não prestou atenção na parte da conversa que eu falei: Não perco uma oportunidade de quebrar as regras. né? Bom, sobre ser pega, relaxa, você está com a suposta descendente do Sherlock Holmes, não vamos ser pegas. Então não vamos perder tempo.

Ela me puxa pelo braço, saímos correndo na pontinha dos pés pelo corredor até chegar na porta da biblioteca. Eu tento puxar a maçaneta, mas infelizmente a porta está trancada.

- Ai cara você não entende nada de quebrar regras não é mesmo, sai dai e deixa eu fazer o meu trabalho -  Ela faz uma pergunta retórica e me empurra para o lado, logo em seguida retira um grampo do cabelo e encaixa na abertura da chave. 

Nossa eu não acredito que isso funciona de verdade, achava que era só coisa de filmes.

- Então fiz a minha parte, entramos, agora é sua vez, nos levo ao tesouro. Rs.  

- Ás suas ordens comandante. Falo e não conseguimos conter as gargalhadas. Parece que alguém vem se aproximando, então  fechamos a porta e corremos.

Quando chegamos ao suposto "tesouro", tem alguma coisa se movendo sob a escuridão, erguendo-se do chão no fim do corredor... 





Ligados sob o malOnde histórias criam vida. Descubra agora