SANGUE NA VEIA

369 108 1.2K
                                    

'A Noite é Uma Criança' ,
isso é o que eu queria viver, isso é o que queríamos viver. No início quando falei que gostava de ir pra faculdade, e lá era melhor parte do meu dia.
Você deve ter pensado, que na faculdade acontecia muitas coisas legais. Mas vou provar agora, que eu não gosto das coisas que acontecem na faculdade; e sim, depois que saio de lá.

Depois que eu e meu grupo de amigos saímos da universidade, aconteceram tantas coisas, que só me lembro de reflexos na minha mente, pois, já estava embriagado. O que me lembro, são estes relances: Primeiro, eu estava na limousine, com todos e estava transando com as garotas que nos acompanhava.

De lá, estava numa boate dançando pelado; De repente, estava num beco fumando maconha; e em seguida, eu e os meninos, estávamos zuando as pessoas que passavam na rua.
Só fomos embora dali porque um carro da polícia passava por ali.
Isso foi os reflexos que lembro, mas o final da noite, sei exatamente como decorreram os fatos.

Meus amigos e eu, fomos para famosa Rua Aurora. Ali, é o centro da perdição que adorava.
Muitas vezes, eu ia ali só para observar os casais que se amavam loucamente. Outas vezes, como hoje, ia para ser um dos que curtiam.

Há alguns anos, eu ia ali escondido, pois meu pai e minha mãe não imaginavam que eu frequentaria um lugar daqueles.
Quando fui crescendo, meu pai descobriu. Mas resolveu me deixar livre.
O que meu pai queria, era que eu me sentisse livre e conhecesse a vida. Tanto ele quanto minha mãe, nunca me privavam de nada.
Então, quando meu pai disse:
"Quero que hoje à noite, você comemore bastante com seus amigos e faça o que quiser." Ele sabia muito bem para onde eu iria.

Quando eu cheguei na Rua Aurora, eu estava tão embriagado e drogado, que as coisas na minha mente aconteciam numa velocidade constantemente acelerada.
Eu comecei a cumprimentar todos, porque ali não havia uma pessoa que não conhecia Roger Thomas. Por isso, era mais fácil eu chegar nas garotas e transar com elas.
Quando percebi, eu, Jordan, Steve, Cloude e Kyan estávamos com diversas garotas num canto da rua.
De repente, eu chupava os mamilos de uma garota, e outras duas chupavam meu pênis.
Quando percebi, a gente estava numa casa estranha com elas, fazendo sexo. E, de repente, eu apaguei.

------------------------------------------------

Eu abri os olhos, eu estava deitado num colchão fedendo a mofo, estava vestido apenas com a cueca que estava antes de apagar.
O sol raiava forte lá fora, que era impossível ver direito pela pequena janela que havia naquele quarto decadente.
As paredes do quarto estavam descascando. Tinha buracos na parede, aonde saíam baratas e formigas. E no canto superior do teto, havia uma enorme teia de aranha, que me deu horror ao vê-la.

Sem entender o que estava acontecendo, me levantei e fui procurar as minhas roupas e meus amigos.
Sai do quarto, estava na pequena cozinha, e não havia nada ali, apenas uma pia acabada e só.
Na frente do quarto em que eu estava, havia outro quarto decadente, no qual eu entrei.
Ali havia um colchão idêntico ao que eu estava deitado. A estrutura do quarto era mesma, ali não havia ninguém, apenas o colchão, os insetos e o mesmo cheiro horrível do outro quarto.
Comecei a ficar desesperado, voltei pra cozinha e segui pra sala. Ali também não havia ninguém.
A sala estava impregnada de preservativos pelo chão. Poucos móveis havia ali, apenas duas cadeiras e uma mesa, ambas de ferro.
A casa terminava ali. Ela era pequena e estreita, e pouco dava para respirar com aquele fedor horrível. Mas, naquele momento a coisa que menos me preocupava era isso.

Eu parei no meio da sala com as mãos nos meus quadris, comecei a olhar para todos os lados e pensei:

"Aonde estão meus amigos?"

O CONSERTADOR DE ERROSOnde histórias criam vida. Descubra agora