A CONFIRMAÇÃO

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Eu continuei calado, mas para minha sorte, minha mãe chegou atravessando a sala; e ela falou chorando:

"Roger, espera!" Eu preciso falar..." Ela parou de falar e ficou totalmente paralisada ao ver Antônio, na nossa porta.

Eu me afastei e ela continuou parada, sem conseguir dizer uma palavra.

Então Antônio falou quebrando o silêncio:

"Eu preciso falar com você, Ofélia."

A minha mãe o encarou calada.

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Após minutos quieta, minha mãe se pronunciou e aceitou a falar com Antônio, no quarto.

"Roger, eu quero que você escute o que tenho a falar." Antônio falou, depois de minha mãe ter aceitado falar com ele.

"Eu não quero falar com nenhum de vocês dois." Eu falei seriamente e em seguida, sai e bati a porta atrás de mim.

Eu realmente não sabia o que Antônio ia falar com minha mãe, mas também, não tenho nenhum tipo de interesse.

Depois que saí daquele hotel, não sabia para onde ir. Só sei que preciso distrair a minha mente, para esquecer o que acabou de acontecer. Ao invés de sair para curtir nas boates, eu fui andar sem rumo e direção.

Eu parei e me sentei na grama de uma praça deserta. Eu poderia até ser assaltado, mas não tinha nada a perder. Aliás, tinha: a minha vida, mas ela não vale um centavo.

Depois de ficar minutos refletindo, cheguei a uma conclusão: eu não poderia ficar me lamentando a vida toda, pelo o que perdi. Eu tinha que erguer a cabeça e tentar superar.E para fechar o ciclo, da minha vida antiga, eu decidi, ir na mansão pegar as minhas coisas.

Eu precisava ir, assim seria um adeus a tudo que vivi.

Chegando na mansão, o porteiro liberou a minha passagem. Mas logo ele foi avisando que seria a última vez. Ao entrar na sala, vi que todos os meus pertences e de Ofélia, estavam ali. Então eu não precisaria arrumar nada era só levar.

Como eu estou sem celular, por causa do assalto, tive que pedir que uma empregada chamasse um uber.

Enquanto esperava pelo uber, decidi dar uma andada pela casa.

Cada cômodo que passava, me lembrava da minha infância e adolescência: como foi bom o que vivi ali!  Ao chegar no quarto do meu pai , vi que meu pai não se encontrava ali. De cara, suspeitei que ele estivesse com Tracy.

Olhei no relógio e eram 21:30. Já era para ele estar em casa. Mas, eu só confirmei minha suspeita, quando entrei no quarto e olhei os quadros.

Todas as fotos, dele com a minha mãe, tinham sido trocadas, pela as dele e a de Tracy.

Eu fiquei chocado. Ele e Tracy estavam juntos!

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OFÉLIA

Fazia minutos que eu tive a minha conversa com Antônio e ele foi embora, e eu estava ali sentada decidindo se ia ou não no escritório de Diógenes.

Antônio me contou que tinha conversado com Diógenes, o meu futuro e o de Roger. Eles decidiram, que se eu aceitasse, eu e Roger iríamos morar no Rio Grande do Norte com Antônio. Quando eu ouvi isso, eu fiquei chocada. Diógenes, queria se livrar de nós. Mas Antônio disse, que esse era o único jeito de não ficarmos sem lar, e o único local que tem, é a casa de Antônio. E depois de conversamos bastante, eu aceitei.

Antônio disse também, que eu teria que buscar uma quantidade de reais, no escritório de Diógenes. Ele me daria esse dinheiro para eu manter os custos da viagem e do hotel até viajar. Mas eu não estou com coragem de rever Diógenes, novamente. Mas eu precisava desse dinheiro. 

Como a vida é irônica, não é? Dezoito anos antes, era eu que dava dinheiro para Antônio, ir para o Nordeste. Agora, era Diógenes, que fazia isso comigo.

Depois de muita relutância, eu uni os destroços da minha coragem e fui a caminho do escritório de Diógenes.

O trânsito estava tranquilo, já está tão tarde que a cidade já deve ter ido dormir, e não demorou muito para que o ônibus chegasse no escritório de Diógenes. Eu fiquei aliviada de a minha primeira vez pegando ônibus, ele estivesse vazio.

Chegando na entrada, vi que não havia um fantasma de algum funcionário. Mas não me impressionei, eram 22:00 horas. Então subi no elevador tranquilamente e desci no último andar. Fui até a recepção, com um pouco de receio de ver aquela secretária. Aliás, qual era o nome daquela vadia mesmo?

Ao entrar na recepção, vi que ela não estava lá. Olhei estranha, e observei o galinheiro, que era a mesa dela.

E vi que tinha o nome dela: Tracy. O nome daquela vadia, era Tracy.

Decidi esquecer daquela vaca, porque eu não sou nenhuma fazendeira , para ficar cuidando desse tipo de animal. Eu me virei e fui em direção ao escritório.

Antes que pudesse atravessar a recepção toda e chegar na porta do escritório, já escutei barulhos de gemidos, gritos e coisas se arrastando. Todos estes barulhos, vinham do escritório de Diógenes.

Eu já sabia do que se tratava, então me aproximei devagarinho da porta. Cada mais eu me aproximava, mas os barulhos aumentavam.

Então cheguei na porta.

Respirei fundo e tomei coragem e abri a porta.

Então o que eu temia aconteceu:

Tracy estava de quatro e Diógenes estava atrás dela tendo relações sexuais.
"AAAAAAAAAAAAHHHH!!!" Eu gritei.

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