A CHEGADA [PARTE 2]

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Continuando...

*****

   Então eu afastei Yasmin para o lado com delicadeza, me levantei e falei:

     "Desculpa Yasmin, mas eu não quero." Vi que ela ia falar algo para insistir, mas evitei qualquer discussão "É melhor a gente ir para casa, eles já devem ter começado a festa."

     "Tá bom..." Por incrível que pareça, Yasmin disse aquilo sorrindo.

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        Chegamos em casa e a festa já havia começado, é tanto que a música que estava cantando foi essa:

Vários amigos vinham chegando, não havia muitos convidados, mas o suficiente para deixar aquela casa com uma barulheira enorme.

Yasmin ficou grudada em mim a festa inteira. Eu estava tentando evitá-la, pois não quero iludir ninguém. Então eu mudava a cada instante de lugar para ver se ela cansava de me seguir.

Eu subi para os quartos, ela foi atrás. Eu mudava de quarto a cada piscada que ela dava, mesmo assim ela ía atrás. Eu desci novamente e ela foi comigo. Fui para a varanda e olho e vejo ela. Pensei em ir ao banheiro ou saí da casa para despistá-la, mas eu queria aproveitar a festa.

Assim, eu fui para o bar pedir alguma bebida que pudesse acalmar. Depois que peço, me viro e vejo quem? Yasmin!

"Você não está cansada de me seguir?" Eu digo a ela um pouco estressado "Isso é chato, cara! Você não tem ninguém para ficar?"

"Não, eu só tenho você!" Ela me diz um pouco cabisbaixa.

"E seus pais?"

"Eu quero ficar com um amigo, e meus pais não são meus amigos, mas você é!" Quando ela disse isso, eu me senti um pouco culpado por um lado, pois eu estava a tratando mal. Por outro lado, eu tinha que fazer isto para ela não se iludir e acontecer outras situações futuras.

"Desculpa, Yasmin, eu estou sendo indelicado com você." O garçom chega com a minha bebida e eu falo: "Quer beber?"

Ela dá um risinho e diz: "Eu não posso, sou menor de idade."

"Ah, é mesmo! Desculpa, tinha esquecido."

"Nada, tudo bem." ela diz e logo em seguida ficamos em silêncio, e o copo na mesa sem ninguém tocar nele.

"Mas beba, enquanto você bebe, nós conversamos!" ela quebra o silêncio e eu concordo com um okay.

Eu bebo e começamos a conversar. Conversamos sobre tudo, até que o assunto passa a ser meu passado. Vindo esse assunto a minha mente, começo a beber como forma de comemoração que este ano finalmente esteja acabando. Conforme vamos falando eu vou bebendo mais, até que começamos a falar sobre assuntos muito íntimos. Como por exemplo, o fato de Yasmin ainda ser virgem. Com esses assuntos íntimos e com a bebedeira na qual eu me encontrava, ficamos muito próximos.

Yasmin se aproxima de mim, coloca seus braços em volta da minha cintura e fala apoiando sua cabeça em meu peitoral:

"Sabe Roger, eu nunca me apaixonei. Mas sei lá, sinto algo diferente por ti." Nós ficamos naquela posição por alguns instantes , até que ela retira seus braços de mim, afasta sua cabeça lentamente, o que deixa nossos rostos bem próximos.

O CONSERTADOR DE ERROSOnde histórias criam vida. Descubra agora