- Você já pode ir - digo retirando os meus calçados e largando-os na sala. - aliás, não tem nada porque permanecer aqui.
- você é organizada. Embora tenha acabado de deixar os seus sapatos no tapete da sala - ele diz sorrindo.
- deixei-os aí, caso eu tenha que plantar um deles na sua cara já mesmo - dou um leve tombo ao ir buscar o controle da TV. - ui.
- Você está terrível bêbada ! - ele diz se levantando e me analisando. - Você precisa de cuidados, não vou te deixar aqui sozinha. Nem que seja preciso eu ligar para aquela sua amiga.
Zoey, a mensagem.
Pego meu celular que estava dentro da minha bolsa, dedillho a tela e.. Droga ! Falha ao enviar mensagem.
- Ela já está vindo - minto - Pode ir, obrigada pela noite.
Ponho uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Ele caminha até mim e segura uma de minhas mãos, falho ao me afastar e dar de costas com o balcão a qual divide minha sala da cozinha.
Ele me pressiona um pouco mais ao balcão e eu me sinto em um beco sem saída. Nossas respirações se tornam ofegantes e uma onda de energia percorre pela minha espinha.
Suas mãos se encaixam perfeitamente na linha da minha cintura, e ele dá um leve aperto no lugar. Respiro fundo e ponho uma das minhas mãos em seu peitoral na tentativa de o afastar. Mais ele segura minha nuca e me puxa os cabelos, oh céus !
- Saia daqui - eu falo entre suspiros.
Ele me lança um sorriso e beija a minha bochecha direita.
- Boa noite Lauren - dá de ombros e sai do meu apartamento.
Tento organizar minha respiração e meu pensamento com o que havia acabado de acontecer. Nós quase nos beijamos !
Saio correndo e tropeço na mesa batendo meu dedo mindinho.
Droga. É o que repito inúmeras vezes até chegar ao banheiro.
Começo a me despir e então ligo o chuveiro, fico em silêncio deixando a água escorrer sobre as minhas curvas. Ouço um barulho. Desligo o chuveiro e fico quieta tentando descobrir o que poderia ter sido.
Nada.
Termino meu banho e vou em direção ao quarto por algo mais confortável pra sentar no sofá e ligar pros meus pais, faz tempo que não os ligo.
Barulho.
É alguém empurrando algo no apartamento de cima.
Ponho uma blusa de mangas e uma calça enorme. Se este vizinho acha que vai me incomodar e tirar a minha noite de sono, está super enganado.
Pego o andar de cima, número 8 é o que tinha escrito na porta, dou uns três batuques na mesma.
A pessoa continua a empurrar coisas, bato novamente mais forte dessa vez. Cruzo os braços, e batuco os pés na espera de alguém.
A porta se abre e meu Deus!
Ele passa a mão sobre os cabelos desgrenhados, e fraze as sobrancelhas.
- O-oi - ele diz me analisando.
Se pessoas virassem tomate, eu estaria um dos bem vermelhos.
- An.. É... O barulho, está fazendo muito barulho - coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. Uma hora dessas era pra eu está gritando.Mais eu tou ? Não. Ele é um cara maravilhoso e me parece até tímido também.
- An me desculpe, eu estou de mudanças pra cá, achei que não estivesse causando barulhos. - passa as mãos entre seus cabelos os alinhando-os.
- Tudo bem - lanço um sorriso. - me desculpe por ter vindo aqui e ainda mais desta forma. - falo me analisando e torcendo os lábios.
Ele sorri. Não, ele não sorri, ele acaba de destruir meu psicológico. - tudo bem, pode vir aqui mais vezes - ele muda de expressão e me olha assustado - An.. sem pensamentos maldosos por favor, eu não sou um cara maluco. É talvez um pouco - ele sorri de lado - como amigos.
- Vou pensar no seu caso - dou um meio sorriso. - Preciso ir, está tarde demais e eu estou um caco.
Ele balbucia algo e não consigo entender.
- Oi ?
- Opa, nada - sorri. - eu penso alto sem querer.
Sorrio pra ele receosa.
- Vou indo.
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Não Posso Negar
RomanceQuem nunca sofreu de desilusão amorosa e já jurou para si mesma que jamais amaria alguém, mais falhou duramente na missão ? É.. se você ainda não passou provavelmente vai passar - e não, não estou sendo pessimista - Amores fracos servem de ensinamen...