Capítulo 14

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Horas tinham se passado desde que saíram do hospital. A menina estava sentada na poltrona de Logan com um short mínimo, blusa comprida e pés descalços.

Siberia lia, atentamente, um dos livros que o policial havia separado em um canto. "Viagem ao centro da Terra", de Júlio Verne, até que era pra lá de interessante.

Seu foco estava perdido nas letras impressas quando o rapaz parou no corredor e se encostou no batente da porta. Logan, que estava com uma caneca na mão, admirou as pernas lisas e longas da sua subordinada. Admirou seu rosto concentrado e seus olhos que, no instante seguinte, já estavam virados para ele.

- Oi. – falou e ela deu de ombros.

O detetive suspirou, depois se aproximou da mesa de madeira. Ao lado do seu laptop, largou a caneca de café e se sentou na beirada, para encarar a mocinha.

- Sinto muito.

- Por ter agido como um idiota? – disse, sarcástica.

- Eu descontei minha raiva em você. Você não merecia.

A garota olhou para ele, desconfiada. Analisou seu rosto másculo e sedutor que, no momento, se mostrava completamente incisivo.

- Ótimo. Desculpado. É só isso?

- É, sim. Deixa pra lá.

Ele chacoalhou a cabeça e se levantou da mesa. Começou a se conduzir para a porta quando Siberia, deixando o orgulho de lado, pigarreou:

- Quem era aquele homem?

Logan respirou fundo. Voltou-se para a garota, colocou – mais uma vez – a caneca ao lado do laptop e se sentou na escrivaninha.

Os olhos ardentes do detetive capturaram os gelados de Lindell. Era como se aqueles olhares travassem uma batalha mortal e silenciosa.

- Tio do Erik.

- Christiansen? – ela perguntou, boquiaberta. O policial confirmou com a cabeça. – M-mas o que aconteceu?

- Uma pergunta de cada vez. – cortou. - Não estou confortável para falar sobre isso agora.

- Ahn... – Siberia mordeu o lábio, sem conseguir conter a curiosidade. – Só me responde uma coisa. Ele tem relação com essa rixa que existe entre vocês?

O detetive abriu um pequeno sorriso.

- De certa forma.

- Um dia você vai me contar?

- Se você for boazinha... – ele deixou o tom pender para o cafajeste e Lindell sorriu.

Ela fechou o livro, colocou-o sobre a mesa e, manhosa, cruzou as pernas por cima das coxas de Logan. O rapaz olhou para aquilo com a malícia escorrendo pelos lábios.

- Isso será um problema. – ela declarou.

Strauss segurou-a pela panturrilha e começou a massageá-la. Com força, precisão e vagareza. Deixou que seus dedos rolassem da canela da menina até atrás do joelho, e esse movimento produzia correntes tão eróticas que Lindell fechou os olhos.

Merda. Aquela massagem era divina e orgásmica. A garota queria que Logan subisse suas mãos mágicas. Queria que ele subisse até encontrar sua virilha.

- Por quanto tempo mais? – ele perguntou, quase cego de luxúria.

- Hã?

- Por quanto tempo você ainda vai me fazer esperar?

Caçadora de CorposOnde histórias criam vida. Descubra agora