Amaldiçoado

Parte 13 - Guerras familiares

Mas ainda somos jovens;

Não sabemos pra onde estamos indo;

Mas sabemos aonde pertencemos.

Sweet Creature - Harry Styles

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Abri meus olhos vagarosamente enquanto me lembrava de onde estava, a mesa da biblioteca de repente se tornara desconfortável, minhas mãos se mexeram e percebi um objeto entre meus dedos, um papel, abri o mesmo vendo o que estava escrito. Meu nome, escrito naquelas letras ainda rasuradas pela pouca prática, sorri, espreguiçando-me. Vendo que Jungkook também havia caído no sono, assim como eu. Observei os detalhes de seu rosto por um tempo, pensando como alguém conseguia ser assim, daquele modo, simplesmente, daquele modo.

- Jungkook - Disse baixo, tentando acordá-lo, lá fora, o sol indicava que era aproximadamente meio dia.

Ele levantou as sobrancelhas primeiramente, depois abriu os olhos, me encarando fixamente, pronto para sorrir quando passos foram ouvidos de alguém que se aproximava da biblioteca.

- Jimin! - Kwan me chamou, e mesmo eu estando de costas, podia saber exatamente a expressão que meu pai mantinha, o rosto frio e sem emoção.

Ele se aproximou da mesa em que estávamos e olhou com desdém para Jungkook.

- O que há com esse garoto?! Vejo ele demais aqui no palácio!

Levantei  minha cabeça a altura de meu pai e fiquei de pé, tomando um ar independente, estranhamente, quando meu pai dizia o nome de Jungkook, eu sentia raiva.

- Ele fará o teste para pintor real, para fazer o retrato dessa geração.

Kwan balançou a cabeça bufando.

- E o que me interessa isso?! Você precisa voltar imediatamente para os testes!

Agarrou-me o braço, com força, tanta, que meu músculo doía, e fazia minha raiva se instalar-se ainda mais dentro de mim, eu já não era mais tão paciente com Kwan. Então, o mínimo que fiz foi olhar com desgosto para o rosto de meu pai e segui-lo para os testes, no fundo, eu tinha medo das punições ainda.

Antes de saírmos, olhei sutilmente para Jungkook e soltei para ele um olhar confortante, dizendo em silêncio que tudo estava bem. Ele era a última pessoa que eu queria que fosse atingida pelo meu pai.

- Estamos com problemas no palácio - A voz rouca era a única coisa que preenchia meus ouvidos enquanto andávamos até a sala que os testes ocorrem.

- Que problemas? - Juntei minhas sobrancelhas, intrigado.

- Estamos ficando sem comida no palácio. Por isso, convocamos um dos melhores caçadores de todos os reinos para caçar para o palácio.

Finalmente, soltei meu braço das mãos de Kwan, sentindo a ira se alastrar por todo o meu corpo.