Amaldiçoado

Parte 19 - Jóia Preciosa

Porque está muito frio;

Para você aqui e agora;

Então me deixe segurar;

Suas duas mãos nos buracos do meu suéter.

Sweater Weather - The Neighbourhood

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Eu conseguia ouvir claramente minha respiração, sentia como se o muno tivesse parado de repente, nada mais importava a não ser aquela notícia.

A mão que segurava a de Jungkook começava a suar, e meu corpo estava imóvel, mas para congelado. O baque da surpresa fazia minha cabeça girar e não conseguia pensar claramente. Controlei-me ao máximo para não gritar, rir ou até mesmo chorar, sentia que não tinha controle do meu corpo.

Jungkook.

É você.

- Jimin?! - Ele já tinha o corpo virado pra mim e encarava cada movimento meu, e pela sua expressão, eu devia estar parecendo que iria desmaiar, acho que estava sim, afinal - Jimin! Você está bem?!

Um sorriso ou outro escapou de meus lábios enquanto eu ainda tentava digerir toda aquela situação, sentia que a cada segundo, minha mão e da dele ficavam mais entrelaçadas. O coração pulando em meu peito servia como turbina para adrenalina que fazia minha cabeça esquentar.

- Jungkook... - Sussurrei, enquanto passava a mão livre pelo cabelo, tentando me livrar de alguns fios na testa.

- O que foi? Você está se sentindo bem? - Ergueu as sobrancelhas.

Soltei nossas mãos e a levei até o rosto de Jungkook, me aproximando mais dele. Pensei em beija-lo e acabar com toda essa maldição por um momento, mas temia que Jungkook não tinha sentimentos tão fortes assim ainda. No momento que meu toque alcançou o rosto dele, suas bochechas tornaram a ficar vermelhas e seus olhos são saiam dos meus, ele estava confuso.

- Você está bem? - Ele segurou minha mão que estava em seu rosto de modo gentil.

- Estou radiante - Sorri, admirando como ele conseguia se preocupar comigo tão facilmente.

Levei meu corpo ao seu num abraço apertado e necessitado, passando os meus braços pelo seu tronco e apertando meus olhos. Minha vontade era de deixar Jungkook ali, e nunca mais deixa-lo escapar dos meus braços, era preciso demais. Uma jóia preciosa, na qual eu demorei dezenove anos para encontrar.

Meu peito esquentou-se quando senti seus braços retribuirem o meu gesto enquanto ele encaixava sua cabeça em meu ombro, com a mesma força que eu, como se ele também quisesse ficar ali pra sempre. A força do abraço o fez cair para trás, encostando as costas na grama do campo, em poucos segundos eu já sentia as minhas próprias bochechas queimarem, por isso, apoiei meu peso nos braços, me distanciando um pouco dele. Que ainda me encarava confuso enquanto nos mantínhamos deitados.