Parte 50 - Plano B

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Não se desculpe

Isso faz com que eu fique mais deplorável

Com seus lindos lábios vermelhos

Por favor se apresse, me mate e vá

Eu estou bem

Olhe para mim uma última vez

Sorria como se nada estivesse errado

Então quando eu sentir sua falta

Eu conseguirei lembrar

Então eu poderei desenhar seu rosto na minha mente.

Eyes, Nose, Lips - Taeyang

__xXx__

Um dia para o prazo final.

Apesar do grande vazio dentro do meu peito, eu sentia que havia algo a mais em mim. E o desespero crescente que antes permanecia ali já havia se dissipado e a falta de qualquer esperança reinava sobre mim. 

Eu desisto.

Um dia, era tudo o que me restava de tempo, e ele era curto demais. Perderia tudo em questão de 24 horas, assim como reino todo, os campos que já se encontravam secos se tornariam mortos e negros. Eu falhei.

Não havia nenhum outro modo de sair disso, e passei noites procurando por um, nenhum deles parecia funcionar. Kwan já estava mais do que louco, era possível ouvir suas risadas pelos corredores, e por alguns boatos que tinha ouvido, era possível que ele condenasse à morte até mesmo uma formiga.

Meu corpo debruçado sobre a mesa gélida se assemelhava à um morto vivo, no qual eu passei a me tornar à procura de um modo de sair desta maldição. Fechei meus olhos por um momento, antes de sentir novamente aquela estranha sensação dentro de mim novamente.

Raiva.

Era isso que eu sentia. E por mais que Kwan estivesse mais desesperado que eu, era por ele que minha raiva toda se concentrada, o quão patético ele conseguia ser? Ele foi o meu maior prejuízo nesses últimos cinco meses desde que conheci Jungkook, até mesmo leva-lo para uma fazenda para tira-lo de mim, ele tinha o poder da maldade e fazia o que queria. Eu queria mais que tudo ir agora até Jungkook, mas infelizmente, eu não sabia aonde ficava tal fazenda, e creio que Kwan não me diria.

As pessoas da cidade começaram a estocar comida (mesmo que mínima) ou até mesmo fugir do reino, mas isso duraria no mínimo dois, dias, e ninguém aqui tem todo esse tempo.

Eu queria me desculpar com todos, ou fazer a melhor coisa possível neste momento.

E como uma lâmpada, minha cabeça se iluminou naquele exato momento, talvez, um método de pedir desculpas ao povo ou algo semelhante, não importava. Apesar de arriscada, eu precisaria botar em prática.

Levantei da cadeira em que estava num pulo e me direcionei até o salão de música, deste, que vinha uma melodia do piano, eu sabia que ele estava lá por isso. Naquele momento, eu podia jurar que meus olhos estavam tão frios quanto gelo.

AmaldiçoadoOnde histórias criam vida. Descubra agora