Boy

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- Aí, não joga seus trapos na moto do meu irmão. – falou o Daryl jogando um pano sujo de graxa em Dale - Por que não falaram antes? Tenho os remédios do meu irmão. Metanfetamina, Ecstasy, só que não precisam. Tenho uns analgésicos bons. – ele falou jogando para mim... – ele procurou mais um pouco e alguns segundos depois jogou outro frasquinho – Doxiciclina e nem é genérico, é de primeira. O Merle pegou gonorreia uma vez. – peguei o Doxi e dei dois para T-Dog.

- Logo você melhora, esses são bons.

...

- Você vai também Hannah, é melhor você ir. Pode ajudar em alguma coisa. – falou Dale e eu o olhei assentindo pegando minha mochila que eu tinha arrumado com algumas roupas, alimentos e remédios eu deixei com eles.

- Tudo bem. – olhei para a caminhonete e me sentei na janela fazendo T-Dog ficar no meio. Já estava escurecendo e tínhamos que ir logo pois não sabíamos andar direito por aquelas redondezas.

[...]

Passamos pela caixa de correio escrita Greene, antes mesmo de passar por ela vimos a luz de uma casa. É da família Greene! Passamos por um portão que eu abri correndo e fechei para entrar no carro e seguimos viagem.

Alguns poucos minutos chegamos perto da casa, Glenn parou o caro do lado de uma arvore e saímos da mesma. T-Dog recebeu minha ajuda para descer e ainda estava se cobrindo, está um pouco pálido ainda. Caminhamos até os degraus que dão para a porta de entrada e Glenn de repente parou.

- Tocamos a campainha, pede licença? Quer dizer, parece que tem pessoas morando lá. – falou o asiático pensando

- Nessa altura do campeonato, isso já era..- subimos os degraus e uma moça estava sentada numa cadeira. Tem cabelos curtos morenos.

- Fecharam o portão de entrada de onde vieram? – perguntou ela sentada com os abraçando os joelhos

- Ah... oi. – Glenn a cumprimentou gaguejando – É, fechamos. Colocamos a trava... e tudo mais. – ela colocou os pés no chão – Bom... prazer em lhe ver novamente. Nos conhecemos antes... bem rápido.

- Só queremos ajudar. – falou T-Dog já que ela estava com um olhar um pouco desconfiado e se levantou – Tem algo para a gente fazer? – ela andou até nós ficando um pouco distante e olhou para o ferimento do T-Dog que estava com um novo curativo.

- Não é uma mordida. – respondi e ela me olhou séria – Ele se cortou e precisa de cuidados.

- Vamos dar uma olhada, vou avisar que chegaram. – ela falou dando alguns passos para entrar na casa só que parou quando Glenn começou a falar.

- Temos analgésicos, antibióticos e uma médica. – Glenn e a última palavra me olhou, ela me olhou sorrindo assentindo.

- Vamos lá, irei preparar algo para comerem. – nos deu espaço para entrar e assim fizemos. Ela nos levou até onde tinham cinco pessoas ali, quatro com semblantes de preocupação e um deitado na cama inconsciente. Um senhor que estava de costas estava tirando a pressão da criança desacordada. Glenn tirou o boné e chamou atenção do pessoal.

- É... oi.

- Oi. – um cara que estava de cabeça baixa correspondeu, a mulher ao seu lado nos olhou e depois fixou seus olhos em mim.

- Bem... estamos por aqui. – o senhor se levantou nos olhando

- Obrigada. – falou a mulher do lado do homem com que estava levantada agora olhando para nós.

- Para qualquer coisa. – falou T-Dog, íamos saindo quando a moça de cabelos curtos que nos recebeu me parou.

- Melhor falar o que você é.

Dark NecessitiesOnde histórias criam vida. Descubra agora