Capítulo 3

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 Minha cabeça começou a mudar depois de alguns anos, comecei a ter mais conhecimento do que era um amor paternal, eu continuava frequentando a igreja sozinho, infelizmente não tinha muitas forças, não sabia quase nada, eu ia para a escola bíblica, ia para os cultos, mas sabe quando você vai a um lugar mas na verdade não estava entendendo o que está fazendo lá? Era assim que eu me sentia, isso me machucava por dentro, queria ter minha família caminhando comigo, acho que seria mais fácil sabe, por que da igreja a palavra iria para dentro de casa, eu já não estava aquela criancinha chata, que é rebelde, eu era somente um viciado no computador, era tão entediante minha vida, eu passava horas e horas no computador, se eu olhar para traz, eu vou me arrepender de tanto tempo perdido, eu estraguei totalmente o meu relacionamento familiar através desse vício, é por isso que eu digo que é pra vocês passarem o maior tempo possível com as famílias de vocês, quando estiver perto de você dizer adeus, vocês vão querer voltar nesses momentos em que você decidiu troca-los por coisas inúteis, pensar se não podiam ter feito diferente, mas não vai mais adiantar. 

 Eu não conhecia muito a palavra de Deus, mas aos poucos, as coisas estavam se direcionando, no colégio, confesso que tudo sempre foi meio bagunçado, escola público é assim mesmo, difícil conseguir prestar atenção, digo normalmente que isso acontece somente com meninos, por que meninas sempre são mais organizadas com essas coisas, mas enfim, fugi totalmente do foco, tudo bem galera? Enfim, o problema estava no colégio e no vício no computador, mas chegou um tempo que algo veio no meu coração dizendo pra mim parar de mexer bastante no computador, ah... eu estou dando uma resumida, por que quero chegar ao ponto principal, minha vida íntima com Deus. Voltando ao assunto, eu parei, larguei o computador e comecei a prestar mais atenção naquilo que eu ouvia, tava cada vez precisando mais daquilo que eu estava ouvindo, e eu estava guardando e orando, orando e orando... Quando eu entro em uma batalha é pra mim guerrear, chegou um tempo que eu já estava ficando grande espiritualmente, com 13 anos, eu já sabia o que eu estava fazendo, já estava falando sobre o amor de Deus, não tinha minha família ainda do meu lado na igreja, mas eu fui buscando não desisti.

 Eu preguei pela minha primeira vez nessa idade, as coisas começaram a ficar tensas a partir dai, na minha primeira vez, senti dor de barriga de tanto nervosismo, no meio da célula, isso foi uma experiencia traumática, mas Deus fez eu esquecer isso, não digo esquecer apagar da memória, eu digo esquecer no sentido de jogar no mar do esquecimento e deixar só a pequena cicatriz, risos. Falei sobre bondade, foi um bom tema pra ter falado, eu comecei a pensar, eu era bom naquilo que estava fazendo, as pessoas sentiram uma presença do Abba (Pai), e isso me fez querer mais, mais e mais... Foi ai que eu comecei a praticar isso mais vezes em minha vida, e posso falar a verdade, eu sabia o que eu estava fazendo mas eu não estava pronto pra estar fazendo o que eu estava fazendo, eu fui pro Encontro com Deus, não posso falar como e o que acontece lá, porém, é sobrenatural. Sabe o que é sentir, ver e abraçar o Abba? Foi assim, foi uma coisa muito boa, isso me deu um empurrão enorme, quando eu voltei, eu não era mais o mesmo, eu sabia disso da maneira diferente de pensar, tudo estava completamente diferente e eu estava feliz por isso.

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