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"Daddy issues"

"Vá em frente e chore, garotinha Ninguém faz isso como você faz
Eu sei o quanto é importante para você
Eu sei que você tem problemas com o pai" - The Neighbourhood

...

• Albus

Sai do vestiário irritado. O Malfoy me tirava do sério! Como ele ousa insinuar que eu estava prensando ele contra paredes? Eu deveria socá-lo.

Eu não tinha nada contra garotos. Eu sou bissexual assumido, mas eu nunca prensaria o Malfoy contra alguma parede se não fosse para bater naquele rostinho bonito.

Porra de duplo sentido! Socar... Ahhh! Socar no sentido ruim, sem conotação sexual.

Tudo nele me irritava! O jeitinho de bom moço, as melhores notas, até o cabelo dele cheio de gel totalmente intacto me deixava com raiva... E também o fato de como o meu pai falava dele todo orgulhoso.

Droga, Potter! Pare de pensar nele.

Estava caminhando apressado até o carro quando sinto um peso em minhas costas e braços envolverem o meu pescoço.

- Sua maluca do caralho! Que susto da porra. Vai se foder - falei ao virar e ver minha irmã com um sorrisinho no rosto.

- Seu vocabulário é de dar inveja - ela disse sarcástica - Vou com você para casa e não ouse me negar carona, seu puto - ela disse ao me ver abrir a boca para contestar.

- Olha a porra da boca! - digo abrindo a porta do carro e me jogando no banco do motorista.

- Toma no cú! - ela fala bem devagar - Você nem abriu a porta para mim. Seu ogro! - falou ao se jogar no banco do carona e bater a porta.

- Você tem duas mãos, lindinha - digo irônico - Mas geladeira você não tem, neh? Nunca bata a porta.

- Ihh... Você está mais estúpido que o normal - ela falou me analisando - O que aconteceu?

- Nada - digo ligando o rádio e trocando de estação até achar uma música que eu gostasse.

- Esse seu nada tem haver com o Scorpius ter te acobertado ontem? - ela disse como quem não quer nada.

- Se você falar o nome desse garoto outra vez, você vai pra casa andando - digo aumentando o som.

Eu sabia que ela estava se segurando para não perguntar nada, pois ela balançava a perna e mexia no cabelo sem parar, mas mesmo assim, ela respeitava o meu espaço.

- Eu - chamo a atenção dela - Eu te amo!

- Também te amo, babaca! - ela sorri.

...

A Lily me obrigou a carregá-la para dentro como forma de “redimir" minha estupidez. Entro correndo com ela em minhas costas e a jogo no sofá, estávamos rindo como nos velhos velhos tempos, quando a mamãe viria e fingiria brigar pela sujeira no chão por causa dos sapatos, mas no fim nos atacaria com cócegas e nos faria rir ainda mais. Só que a verdade sempre está lá, ela não vai vir, porque ela está morta.

NEIGHBOURS (Scorbus)Onde histórias criam vida. Descubra agora