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“Because i'm your girlfriend"

•Albus

Eu havia passado quase meia hora em frente a casa do Malfoy cogitando a possibilidade de desistir. Eu poderia fazer o treinador mudar de idéia de outra maneira, mas havia algo que fazia aquela luz na janela parecer mais clara.

O Malfoy já havia me ajudado outras vezes e ele com certeza iria ajudar mais uma. Não sei o porquê, mas ele sempre ajudava.
E afinal de contas, seria algo rápido, apenas para que eu voltasse a ser titular no time.
Era só eu dar uma melhorada que eles iriam implorar pela minha volta. Aquele time não era nada sem mim.

Foi pelo time, apenas pelo time que eu subi naquela árvore, engoli meu orgulho e bati naquela janela.

O Malfoy aceitar com tanta facilidade foi uma surpresa. Eu não achei que ele cederia tão fácil. A coisa complicada eram as perguntas...
Eu sou como um livro de capa bonita, ele quer descobrir mais, me ler por inteiro, mas é como se houvesse um cadeado que não o deixa abrir.
E é melhor assim, sei que não tem coisas boas escritas.
Mas mesmo assim lá estava eu, abrindo a boca e falando de coisas que ele não devia saber... Como o meu desejo de estar no time pelo meu pai e de não confiar na Rose plenamente.

Ele estava derrubando minhas barreiras rápido demais. Mas havia algo em seus olhos, ele era um leitor ávido, ansioso pelo fim do livro e eu era como um amigo que não sabia me controlar e não dar spoilers.

Jogamos algumas partidas em meio a risadas e provocações, da parte dele é claro, afinal, eu não parava de perder.

- Mas que porra?! - olho irritado para a tv.

- Você é péssimo! - ele me olha com pena se segurando para não rir.

- Sou melhor na vida real - digo me gabando - Eu poderia te propor uma revanche, mas como sua prima falou... Você não é bom com com “esse tipo de bola" - eu provoco.

- Esquece isso! - ele diz colocando as mãos sobre o rosto.

- Eu fiquei me perguntando em que tipo de bola você é bom - dou de ombros sorrindo sacana.

- Vai se foder! - ele me empurra.

- Foi mal - levanto as mãos em rendição.

- Acho que já tá na hora de você ir - ele diz.

- Olha se foi algo que eu disse - ele fala rapidamente - Era brincadeira.

- Não é isso - ele sorri - Meu pai não está gostando da ideia de você dormir aqui.

- Qual é?! - provoco - Eu digo a ele que não vou fazer nada que você não queira.

- Babaca! - ele revira os olhos.

- Tá... Eu vou indo - falo, caminhando e direção à porta.

- Pra onde você vai? - ele me olha com os olhos arregalados.

- Pra casa? - o olho sem entender.

- Não! - ele levanta - Por onde você veio - ele aponta para a janela.

- Ei - o olho e dou um sorriso - Eu sei que te dei muito trabalho, mas me matar não é uma solução. Tem ideia de como isso é alto?

NEIGHBOURS (Scorbus)Onde histórias criam vida. Descubra agora