Em minha opinião, escolher um título a ser estampado na capa de um livro, ou até mesmo nos capítulos dele é uma das coisas mais difíceis na vida de alguém que adiciona tantas palavras ao texto; mas não posso me esquecer de destacar que essa é uma das coisas mais prazerosas quando se alcança uma conexão entre o título propriamente dito e o contexto da história. Então permita-me começar te explicando que o grande amor de um artista pode ser algo ou alguém, mas também pode ser as coisas que esse grande amor o proporciona; e assim por diante. Em cada fase desta leitura você encontrará trechos em Itálico, que representam a explicação de cada um dos 15 relatos da história.
No dia 21 de Abril de 2017, às 7h de uma manhã ensolarada, eu estava observando a janela à minha direita, onde consigo ver algumas árvores que alcançam o primeiro andar do escritório onde eu trabalho. Enquanto isso, do outro lado do muro, uma bandeira do Brasil balança ao vento fraco e alguns carros ultrapassam o sinal vermelho de uma movimentada rua no bairro onde eu trabalho. Mais ao final da rua, o senhor Alfredo júnior, dono de uma serralheria bem localizada, joga um pedaço de pão pizza no chão, que horas depois é recolhido por um mendigo faminto. Eu tomo um café de gosto amargo feito pelo meu chefe que chegou mais cedo que eu; como de costume.
Agora já passavam das 07h05min e eu ainda nem havia ligado o computador pra começar as atividades do dia na empresa, pois o café era prioridade. Observando auditivamente o silêncio que pairava sobre o escritório, a cafeína começou a inibir o efeito da melatonina no meu cérebro e eu acabei recordando de uma história antiga da qual eu já havia mencionado para alguns amigos, mas nunca havia entrado em tantos detalhes sobre. Decidi então ligar o computador, esquecer por um momento o monte de trabalho que tinha pra fazer e comecei a escrever sobre essa história. Assim eu pude reviver o que vivi e recriar aqueles momentos dos quais eu não me lembrava com perfeição. Alguns deles foram ótimos; outros nem tanto; mas o que difere o artista A do artista B são os acontecimentos que lhe abraçam durante sua vida. Então, assim como um primeiro amor de infância ou o ranger do bico de um pássaro estranho no quintal, cada pessoa desenvolve uma história diferente.
Eu me chamo Alcimar Veríssimo, sou um fotógrafo encorajado a escrever textos para publicações na internet, criar roteiros para filmes independentes de curta metragem, desenhar minhas próprias tatuagens e qualquer outra coisa que esteja relacionada a arte. Algo a se levar em consideração é que eu não nasci sabendo como congelar uma imagem perfeita numa fotografia ou como imaginar cenas para um filme e fazer com que elas entrem em total harmonia no resultado final. Então neste livro eu decidi explicar de onde vem o primeiro amor de um artista; surgindo então o título estampado na capa. Pensei em mudar esse título mais de uma vez enquanto escrevia sobre meu pai ou sobre meus amores; mas me conformei de que ele nos convida perfeitamente a entender a mensagem da história, então ficará assim.
Doravante será bem mais fácil de entender esta história. É o que vais perceber lendo os próximos relatos.
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O primeiro amor de um artista
Non-FictionUm fotógrafo explica como as lembranças de um amor de infância e os acontecimentos relacionados a isso puderam influenciar na sua vida, ensinando-lhe a fazer arte. Este livro é baseado numa história real da infância do autor, e relata cenas de bully...