Capítulo 1 -Vida escolar

98 9 2
                                    



Finalmente, não vejo a hora do final das aulas, faltam pouco mais de dois meses  para as férias. Dar uma pausa para depois voltar para o inferno.

Estou no meio do caminho de volta para casa, algumas pessoas ao meu redor por enquanto que estão indo para o mesmo caminho, até que sobre apenas um. Antes, nem isso acontecia, ele é um aluno do primeiro ano que se mudou recentemente.

Ele vira por uma rua e eu continuo meu caminho pela mesma, ainda longa, no final dela, uma enorme floresta meio assustadora, e, bem na frente desta floresta, minha casa.

-Mãe, cheguei! –grito ao abrir a porta e a fecho com cuidado atrás de mim, largo minha mochila no sofá e me jogo ao lado dela.

-Ola filha, como foi o dia? –minha mãe grita da cozinha.

-Tem certeza que quer saber? –falo num tom brincalhão e ela da risada.

-Ok, melhor não, já sei a resposta. Vem logo, fiz panquecas pra você, literalmente acabei de fazer. –minha mãe vem falando aos poucos saindo da cozinha e indo para a sala. Estico a pescoço para olhá-la.

-Estou morrendo de f...

-Fome! –ela não deixou eu terminar de falar, ela pega uma almofada e joga em mim –Vem logo, se não eu como tudo sozinha.

Me levanto aos poucos e vou direto para a cozinha. Paro para dar um beijo no rosto da minha mãe e em seguida me sento no balcão, colocando o prato de panquecas na minha frente e as devoro. Coloco o prato sujo na pia e jogo um pouco d'água nele.

-Vou subir pro meu quarto, depois eu desço. –falo praticamente me arrastando para pegar a minha mochila.

-Não precisa ficar descendo, filha, fique por lá no seu quarto conversando com seus amigos e seu namorado. –ela fala isso e engole uma gargalhada e se esforça para não fazer nenhuma careta e nem rir.

Dou uma risada sarcástica, –Muito engraçado, tenho nem amigos, imagina um namorado. –falo subindo os primeiros degraus.

-Um dia você arruma um, eu espero... –ela para de se controlar e ri descontroladamente.

A deixo sozinha na sala e subo as escadas. No final das escadas do meu lado esquerdo, o quarto da minha mãe todo bagunçado como sempre, do lado direito, o corredor com o banheiro a mais dois quartos, um era da minha irmã e o outro, meu aconchegante quarto. Entro e fecho a porta atrás de mim. Penduro minha mochila num gancho atrás da porta e encaro meu quarto.

Vou até minha cama e me jogo nela, ela está toda revirada, mesmo assim, é muito aconchegante, aproveito e me enrolo no meu edredom.

Bem do lado da minha cama, meu espelho. Sua moldura era como de um espelho antigo no estilo medieval, é enorme. Me levanto e começo a passar um roteiro do que eu sou, me analisando, pra ter a esperança de não ter mudado.

Vejamos, continuo baixa, com os meus 1,60 , mantenho minha barriga quase lisa e mesmo assim, coxas grossas –parece que toda a minha gordura vai para minhas coxas – me cabelo preto como petróleo e comprido com o franja lateral quase cobrindo totalmente um dos meus olhos, meus piercing, na orelha direita, e em cada canto na minha boca logo abaixo dos lábios, minha calça jeans preta e rasgada, minha blusa de frio xadrez azul e preto de flanela fechada até o meu colo, apesar de ser fina, era bem quente e o meu fiel all star preto e pra terminar, meus olhos contornados de lápis preto bem escuro com um delineador.

O que realmente me diferencia dos outros, são meus olhos lilás. Ele não são de um lilás claro, aquele tipo olho claro apagado, mas sim, quase roxo. É escuro e bem na volta da íris, uma linha azul escuro. –eventualmente me pego admirando meus olhos.

-Exatamente, eu! –apesar de muita gente não gostar, eu gosto desse meus estilo bagunçado. 

Troco minha roupa e coloco um pijama curto, coloco minha roupa em cima do meu puff. Pego meu celular no bolso da minha calça e vou até minha cama, eu mergulho para debaixo do edredom, ligo o aparelho um pouco maior que minha mão, uma mensagem –isso é estranho, nunca recebo mensagem- a abro, era uma mensagem de Amber.

"Hey, Alissa, ou melhor, metaleirinha, não se esquece de quem você deve votar para ser rainha, e como você sabe, lugar de rainha e no troco e de plebéia é na platéia"

-Insuportável e metida como sempre. - desligo o celular. Ela e aquela tal de Jeniffer, elas sempre ganham, todo ano, elas começam a caçar votos dês do primeiro dia, se não conseguem por se fazerem de boazinha, ganham por meter medo.

Chega disso tudo por hoje, eu vou tentar dormir.

-Eu queria tanto alguém diferente, seria legal, mas seria impossível, já estamos no final do ano... Quer saber, que se dane isso.    


Cochilo por algumas horas, até que acordo e faço meus trabalhos e deveres. No final do dia, desço para ficar com minha mãe e para jantar. Nós conversamos e quando ela percebe minha sonolência me manda subir e eu a obedeço, após me despedir, vou para meu quarto e durmo pesadamente.

De outro mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora