Estou ouvindo algumas vozes a minha volta, por mais incrível que pareça, percebo a voz de Jeniffer, de Oliver, de Melissa e até da minha mãe, mas não mais a voz de Throy.
Eu me esforço para abrir os olhos, mas não consigo. Minha cabeça está latejando.
-Olha, ela está acordando. –A voz de Jeniffer fica mais intensa e sinto alguém afagando meu cabelo.
-Se ela não acordasse, eu juro que mataria o seu namorado. –Oliver fala, sua voz grossa é ouvida de perto, ele leve estar do meu lado.
Tenho mais do que certeza quando ele acaricia meu queixo.
-Tenha certeza de uma coisa, se você não fizesse, eu mesma faria –Feniffer fala engrossando a voz.
Mas o que raios está acontecendo aqui?
Eu me esforço mais uma vez para abrir os olhos, até que vejo um clarão e logo em seguida, os rostos familiares de Oliver, Jennifer, Melissa, mamãe e Amber que estava encostada numa parede mais distante.
Tento me levantar, mas minha cabeça dói demais e eu fecho os olhos mais uma vez e depois volto a abri-los.
-Filha, não se esforce –minha mãe se agacha e acaricia meu cabelo com muito cuidado –Aquele brutamonte te acertou na cabeça.
Eu me esforço mais uma vez, e de novo, e de novo, até conseguir me sentar. No momento em que ergo a cabeça, tudo a minha volta começa a rodar e quando acho que vou cair, Jeniffer me ampara.
-Eu não achei que ele seria capaz disso –a voz de Jeniffer tilinta e eu olho para ela –Ele foi longe demais Alissa, desculpa.
-Tudo bem Jeniffer... –digo, mas minha voz falha.
-Finalmente ela falou alguma coisa! –Melissa dá um passo à frente.
-Quanto tempo eu fiquei apagada? –eu levo a mão a parte da minha cabeça que está dilatando e sinto um galo.
-Não muito, mas o suficiente para Oliver quase quebrar o maxilar do Throy. –Melissa fala com uma das sobrancelhas arqueadas.
Olho para Oliver que dá um sorriso orgulhoso.
Ele fez isso por mim?
-Mas o que aconteceu com ele? –me viro para Jeniffer que dá um sorriso curvo.
-Os pais dele vieram e já o levaram, provavelmente ele vai perder o soco-inglês, mas nada além disso... –a voz dela falha no final e então volta o rosto para baixo e depois para Amber que sorri para consolá-la.
Ela se vira de novo para mim –Terminei com ele. Não quero um namorado covarde.
-E fez muito bem. –a voz rouca da minha mãe me chama a atenção –Está quase na hora de irem para casa, não querem nos visitar?
-Mamãe... –me viro para ela com um olhar fuzilante, mas minha cabeça lateja e eu fico quieta e me concentro na dor.
-Vai ter cookies? –Oliver pergunta num tom animado, o que faz todos prestarem atenção na resposta da minha mãe.
-Mas é claro que vai. –minha mãe fala num sorriso.
Todos se olham com olhares pidões. Não precisa de resposta, todos vão.
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De outro mundo
RomansaEra pra ser mais um dia normal de aula,... era. Eu nunca pensaria que ele, justo ele, seria quem invadia meu quarto a noite e me despertava de meus pesadelos, que era ele o responsável por aquelas meninas sentirem arrepios quando me ameaçavam, q...