E uma hora depois, Senjougahara, Hachikuji e eu chegamos ao local do endereço naquela nota. Nós chegamos ao lugar para qual a garota Hachikuji Mayoi tinha saído em vida no Dia das Mães.
Tinha levado bastante tempo.
E mesmo assim tinha sido tão fácil.
"Mas... isso é..."
Contudo, não parecia fora de lugar.
A vista diante dos meus olhos não parecia fora de lugar.
"Senjougahara, tem certeza que o lugar é esse?"
"Sim, estou certa."
Sua afirmação não deixou espaço para discussão.
Essa era a casa da mãe de Hachikuji, a casa dos Tsunade.
Ela tinha se tornado um lote vazio completamente.
Estava cercado por uma cerca e placas que diziam "Propriedade Privada" e "Sem Entrada Não Autorizada" estavam estacadas no solo descoberto. A ferrugem nos cantos das placas deixava claro que elas estavam lá por bastante tempo.
Desenvolvimento da terra.
Relocação.
Não tinha se tornado uma rua como a casa antiga da Senjougahara, mas já que nenhum traço da casa permaneceu, era essencialmente o mesmo.
"... Como isso pôde acontecer?"
O que aquele recluso do Oshino Meme tinha sugerido como um truque secreto para nossa situação tinha sido algo tão simples que lhe faria pensar "É só isso?". Se você a chamasse de vaca perdida ou de o caracol, a classificação do monstro era a de um fantasma. Por esse motivo, ela não tinha acumulado essencialmente novas memórias informacionais.
Aparentemente, o padrão era que esse tipo de monstro não existisse.
Ela era uma existência que não existia como uma.
Se ninguém estivesse ali para vê-la, ela não estaria lá.
Para explicar isso usando o que aconteceu hoje, a Hachikuji tinha subitamente aparecido e começou a existir no instante em que me sentei no banco daquele parque e olhei para aquela placa. Ou foi o que o Oshino disse.
Da mesma maneira, a Hachikuji tinha aparecido subitamente quando a Hanekawa tinha olhado para o banco próximo a mim quando ela passou pelo parque. Como um monstro, ela não tinha uma existência contínua. Em vez disso, ela aparecia no instante em que era vista. Dessa forma, a vaca perdida não era algo que você "encontrava" da mesma maneira que os outros monstros.
Ela só estava lá quando alguém estava olhando para lá. O observador e o observado. Hanekawa provavelmente daria uma analogia apta e detalhada a partir de seu conhecimento específico, mas eu não podia pensar em algo apropriado. Senjougahara provavelmente podia, mas ela não mencionou isso.
A qualquer custo, ela não tinha nenhuma memória informacional. Em outras palavras, nenhum conhecimento.
Ela tinha, claro, sido capaz de levar alguém não familiar com o terreno como eu a se perder, mas ela também tinha sido capaz de fazer o mesmo com a Senjougahara, que sequer a conseguia ver. Ela tinha sido até mesmo capaz de cortar o sinal do celular da Senjougahara. E como resultado, o alvo ficaria perdido para sempre.
Contudo.
Ela não sabia o que não sabia.
E mesmo que ela soubesse, não havia nada que ela pudesse fazer quanto a isso.
Por exemplo, a relocação.
O cenário da cidade tinha mudado tanto somente no passado que as diferenças de dez anos atrás não tinham sido qualquer coisa. Nós não pegamos um atalho, nós não pegamos algum desvio e nós não fomos direto para lá.
Escolhendo uma rota feita completamente por novas ruas, um monstro como a vaca perdida seria incapaz de lidar com ela.
Monstros não envelheciam. A garotinha monstro seria sempre uma garotinha.
Ela nunca cresceria e se tornaria uma adulta.
- Então você é como eu.Hachikuji tinha estado no quinto ano dez anos atrás, então ela deveria na verdade ser mais velha do que a Senjougahara e eu. Ainda assim, ela falava de suas memórias de lutar na escola como se elas tivessem acontecido ontem. Ela realmente não tinha memórias normais.
Ela não tinha.
Elas simplesmente não estavam ali.
E então...
Aparentemente, o Oshino tinha dito que era como colocar vinho novo em um odre antigo.
Aquele homem desagradável tinha visto e descoberto a verdade. Ele não tinha visto a Hachikuji, ele não tinha ouvido muito dos nossos problemas e ele nem mesmo sabia muito desta cidade e ainda assim ele tinha agido como se soubesse de tudo.
Independente disso, suas palavras tinham nos levado ao nosso sucesso.
Nós escolhemos um caminho quase amidakuji seguindo as ruas recentemente construídas que tinham um asfalto escuro legal. Nós evitamos as ruas antigas ou as que tinham sido simplesmente pavimentadas o máximo possível. Nós até mesmo usamos a rua que passava por onde a casa da Senjougahara tinha estado. Nós finalmente chegamos ao nosso destino após uma hora.
A área deveria estar a apenas dez minutos de caminhada daquele parque e tinha provavelmente apenas 500 metros, mas ainda assim nos levou mais de uma hora.
Nós conseguimos chegar ao destino.
Nós finalmente conseguimos.
Mas era simplesmente um lote vazio.
"Acho que nem tudo segue perfeitamente..."
Sim.
Com o tanto que tinha mudado, teria sido simplesmente perfeito demais se o próprio destino permanecesse inalterado. Até mesmo a casa da Senjougahara tinha se tornado uma rua em menos de um ano. Além disso, nossa estratégia de chegar lá teria sido inútil se não tivesse nenhuma rua nova próxima ao destino. A possibilidade do próprio destino ter mudado deveria ter sido óbvia desde o início. Mas ao mesmo tempo, tudo não ter seguido perfeitamente parecia fazer disso tudo um desperdício. Parecia que tinha perdido todo o significado. Se o fim foi uma falha, então tudo teria sido uma falha.
Acho que nem tudo segue do jeito que você quer.
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Bakemonogatari: Volume 1
FantasyLight Novel que inspirou o anime Monogatari Series. Crédito total para à página https://www.baka-tsuki.org/project/index.php?title=Monogatari_%7EBrazilian_Portuguese%7E