Abri o papel que o envelope continha, lendo o que la estava:
*CARTA ON*
“so te queria dizer que não esperes de mim, o que eu nunca te poderei dar. Não esperes que eu seja carinhoso contigo como tu queres ou esperas que eu faça um dia. Não esperes que hajam conversas normais entre nos porque eu não to vou conseguir garantir. Não esperes uma amizade nem nada do que se pareça, porque não to consigo fazer. Sei que estas sempre com expectativas que eu te olhe ou fale contigo, mas isso não vai acontecer. E não tentes ver confiança em mim, porque isso é coisa que nunca teras de mim”
*CARTA OFF*
WTF?! Eu não quero nada disso, não sou como as amiguinhas dele! Eu não o quero para nada, apenas me chamou a atenção por ser bonito! Alias, ele é lindo de morrer!
‘Cala-te Isabelle!’
Ok, vou esquecer este assunto, que isto so me faz mal. Levantei-me e fui ate ao espelho. Estava a chorar. Eu não dei conta sequer de começar a chorar! Limpei a cara compulsivamente com as mãos. Agarrei nos meus próprios cabelos puxando-os com força berrando ao mesmo tempo. Tudo o que estava em cima da minha comoda foi parar ao chao numa questão de segundos, o meu espelho ficou partido, a minha cama desfeita, almofadas no chao rasgadas! Tudo partido e rasgado no cenário pior que é possível imaginar de um quarto destruído.
Eu tenho ataques de raiva de vez enquando… desde pequena que os tenho! Mas, antes não eram tao fortes, não chegava a destruir nada, apenas batia com as mãos na parede. Cheguei algumas vezes a bater com a cabeça na parede com tanta força que parti a cabeça e a parede. Obvio que tive de ir para o hospital e ser operada…os meus ataques são diferentes. As vezes ainda bato com todo o meu corpo contra as paredes, ou então são como agora, destruir tudo a minha volta.
Ouvi o meu telemóvel a tocar. Tinha uma dor de cabeça enorme! É o que me acontece quando tenho ataques de raiva, há vezes em que eu perco a noção de mim mesma e tenho os ataques, so voltando a ter noção depois dos mesmos! A minha cabeça esta a latejar, e so me apetecia amandar o telemóvel contra a parede, mas não o fiz. Apenas me levantei do chao onde estava sentada e fui ate ao telemóvel atendendo sem ver o nome.
*CHAMADA*
“sim?” disse mal pressionei o botao verde
“então amor?”
O meu coraçao parou naquele momento. Os meus pulmões perderam todo o ar que continham e o medo instalou-se no meu ser. Este sentimento de medo é horrível! É horrível sentir que estou a ser perseguida!
“então amor, não me respondes?”
“o-o que é que queres?!” disse baixo. Devido ao medo, não consegui falar mais alto…
“desculpa? Não percebi amor”
“O QUE É QUE QUERES?! PORQUE NÃO ME DEIXAS EM PAZ DE UMA VEZ POR TODAS?!” gritei a chorar com todo o desespero que estava a sentir
“amor… acho que não aprendeste a não me falares assim da ultima vez, tenho de te ensinar novamente?” disse ameaçadoramente
“N-n-não!” gritei
“bebe…bebe….TU NÃO ME GRITES!” gritou a ultima parte
*CHAMADA OFF*
Desliguei a chamada e de seguida o telemóvel para não voltar a receber nenhuma chamada dele. Depois olhei a volta e parecia que as paredes estavam a fechar-se, e a deixar-me ali…presa, sufocada, esmagada por elas. Estranho, como consigo ser de extremos… ou tenho um enorme ataque de fúria, ou tenho um ataque de pânico. Mas a Flo e os meus pais, apenas sabem dos ataques de fúria, pois são os que causam mais estragos… os ataques de pânico apenas me deixam sufocar, e quase morrer, mas isso são “pormenores”. Ainda bem que desta vez foi so inicio e não chegou mesmo a ser ataque de pânico. Ouvi a campainha tocar, e saltei de susto. Abri a porta do quarto sem fazer barulho algum descendo as escadas da mesma forma. Fui ate a porta abrindo-a e vendo a Flo. Mesmo quem eu precisava.
Abri a porta, ainda a chorar, e o sorriso que ela trazia na cara desvaneceu rapidamente ao ver o meu estado. Rapidamente a mandei entrar e fomos para o meu quarto. Foi uma ma ideia porque agora vai gerar ainda mais perguntas do que aquelas que eu sei que ela já estava a guardar.
“força, pergunta…!”
“o que se passou aqui? Porque estas a chorar? Porque estas toda a tremer?” foram menos perguntas do que eu estava a espera…
“eu tive um ataque…” disse baixinho mas sei que ela ouviu. Ela e os meus pais são os únicos que sabem dos ataques de pânico, mais ninguém, e espero que assim continue… e, como disse NINGUEM a não ser eu, calro, sabe dos ataques de pânico…
“não tens os comprimidos?!” quase gritou
“não” respondi ainda baixinho
“e o que te levou a ter um ataque?” boa! E agora? Digo a verdade ou digo que foi repentino? Eu sei que ela é a minha melhor amiga, mas eu não sei o que fazer! Estou demasiado nervosa… levantei-me da cama e fui ate a secretaria onde, por milagre, estava o papel INTEIRO. Acho que foi a única coisa que não ficou destruída neste quarto. Porque? Não faço a mínima ideia…entreguei-lhe a carta, e quando acabou de a ler disse,
“mas o que foi isto?! Tu disseste-lhe alguma coisa que o levou a pensar alguma coisa do que esta aqui escrito?!”
“Flo…eu nunca repito NUNCA falei com ele na minha vida!”
*
“ACORDAAAAAA, ACORDAAAAAA, ACORDAAAAAA, ACORD---“ porcaria do despertador! Acordar com a voz da Flo todos os dias a gritar ‘acorda’ não é muito bom…….. sim, é esse o meu despertador, mas passando a frente: hoje é segunda feira. Vou estar em todas as aulas ao lado de Louis. Como é que o vou encarar depois do que ele disse na carta?!
Como sempre, sai de casa e estava la a Flo a espera que eu saísse de casa para irmos para a escola.
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3º capitulo feito. digam-me o que acham POR FAVOR!!! é mesmo importante para mim que me digam o que estao a achar desta historia :)
obg :))
Danyy

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My Dear Neighbour
FanfictionUma rapariga rebelde. Um rapaz rebelde. será que se vao dar bem? será que o orgulho de ambos vai por agua abaixo?