Capítulo XIX

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Se eu pudesse ter uma dança pra sempre
eu te pegaria pela mão
Esta noite é você e eu juntos
eu tenho orgulho de ser seu homem

E se eu vivesse mil anos
você sabe que eu nunca poderia explicar
O jeito que eu perdi o meu coração pra você naquele dia

Mas se o destino quisesse que eu olhasse para o outro lado
Então o mundo nunca conheceria
a melhor história já contada
E eu já te disse que eu te amo essa noite?

Mas se o destino quisesse que eu olhasse para o outro lado Então o mundo nunca conheceriaa melhor história já contadaE eu já te disse que eu te amo essa noite?

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Eles haviam terminado o jantar e agora conversavam sobre trivialidades, enquanto saboreavam um Dom Perignon, quando Alfonso resolveu colocar algo pra tocar.

— Será que a princesa me daria a honra dessa contradança?  – Ele brincou, tomando a mão dela.

— Por que você sempre é tão solene?  – ela perguntou, deixando-se guiar por ele até um pequeno deque ao lado da piscina. — Nem parece um certo garoto que eu conheci na Bridge's há anos e anos atrás.

—  Aquele garoto cresceu e teve que abrir mão de muitas coisas pra chegar onde chegou... – ele suspirou, sem esconder um laivo de melancolia em sua voz. — Tanto sacrifício muda uma pessoa.

— Eles não devem custar sua alegria de viver, Poncho. – ela afastou um fio de cabelo que caía sobre a testa dele.

— Você está certa. – ele assentiu, voltando a tomar a mão dela, colocando-a sobre seu ombro, para depois enlaçar seu braço em sua cintura. — Mas não quero pensar nessas coisas agora. Só sente a música.

E ela o fez, deixando-se levar pelo ritmo e pelas mãos de Alfonso, a loira repousou sua cabeça no ombro do marido, sentindo contra o ouvido, as batidas descompassadas de seu coração e sentindo um certo orgulho por saber que ela era a causadora daquilo. Já Alfonso estava disposto a apreciar o que a vida estava lhe presenteando.

Anahí era e sempre seria a personificação de tudo aquilo que ele mais desejava em uma mulher: Sua ambição, seu nariz arrebitado quando ela achava que tinha razão, a maneira feroz como defendia aqueles a quem amava, sua língua afiada, sua energia vibrante e sua gargalhada escandalosa. Ela era a mulher mais passional, sexy e inteligente que ele já conhecera e ser o homem para quem ela finalmente entregaria seu coração era o que ele mais desejava na vida.

Tendo-a ali tão perto de si era o suficiente para aplacar o desejo que ainda o assolava de vez em quando de jogar tudo pro alto. Todos os planos tão bem calculados que sua família fizera, o mapa que traçaram para que ele seguisse, sem nunca perguntar era o que ele queria, sem nunca levar em consideração o que era importante para ele. A única coisa que importava aos Herrera, era o legado da família, mas para Alfonso, ali, sob as estrelas, sentindo a respiração quente de sua esposa contra seu rosto e os braços dela em torno do seu pescoço, era maravilhoso, finalmente ter a chance de conquistar algo que ele queria e não que os outros achavam que fosse certo pra ele. Anahí era aquilo pra ele. A chance de construir uma história autoral, algo que fosse apenas deles. E ele estava disposto a ir aos confins do mundo por ela, se ela pelo menos sentisse o mesmo...

Quando a música chegou ao fim, ele aproveitou para beijá-la novamente. Agora que tinha permissão para fazê-lo, não iria desperdiçar. Ele havia pensado o caminho todo de volta naquele beijo. Às vezes, olhava de soslaio para a esposa que tinha a cabeça encostada a janela do carro e pensava em como a sorte estava sorrindo pra ele.

O beijo não o desapontara, pelo contrário, era como se cada beijo o deixasse com mais vontade ainda de beijá-la novamente. Ele experimentou o gosto dela, enquanto explorava toda a sua boca, sentindo-a cada vez mais entregue. Em pouco tempo, suas línguas uniam-se impacientes, em uma disputa deliciosa por dominação, enquanto as mãos passeavam pelo corpo um do outro, como se quisessem mapear cada traço e memorizar. As carícias começaram a ficar mais ousadas, quando Alfonso passou a distribuir beijos pelo ombro da esposa e a sentiu mordiscar sua orelha.

— Você não tem ideia do quanto eu te desejo... – ele falou com a voz abafada.

— Me mostra então. – Anahí respondeu, em tom desafiador, levando os olhos para encará-lo e sorrindo de maneira provocante.

Ele não perdeu tempo, grunhindo baixo em resposta, aproveitou a deixa da esposa, para abaixar as tiras do vestido que ela usava, deixando-a exposta da cintura pra cima. Anahí sentiu o corpo se arrepiar, devido a brisa, e principalmente ao olhar carregado de desejo que o marido lhe endereçava. Ela sabia que era uma mulher bonita e atraente, mas aquilo nunca tinha sido de grande importância pra ela. Agora, no entanto, ela sabia o que era sentir-se desejada. Era como se o olhar dele, sozinho, fosse capaz de queimar sua pele, oculta apenas pelo sutiã de renda preto que usava. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele voltou a beijar seu ombro, pescoço e finalmente, desceu a trilha de beijos e lambidas pelo seu colo, acariciando um seio com as mãos, enquanto abocanhava o outro ainda por cima da renda.

Anahí deixou escapar um gemido do fundo da garganta, arfando sob os toques do marido e puxando seus cabelos com a mão, estava tal entregue a paixão e ao momento que não percebeu o suspiro frustrado que ele emitiu e só foi se dar conta do que acontecera, depois que ele parou de dar atenção aos seus seios e a soltou, dando dois passos pra trás, buscando uma distância segura.

— O que foi? – ela notou que ele mantinha os braços a frente do corpo, em uma tentativa frustrada de esconder que certa parte de sua anatomia estava animada. — Eu fiz algo errado?

— De maneira nenhuma, Anny. – ele passou a mão pelo cabelo, tentando organizar seus pensamentos.— Eu é que acho que estamos nos precipitando um pouco... Você acabou de voltar pra cá, não quero que tenha a impressão errada, não foi só por isso que fui te buscar.

— Eu jamais pensaria isso, você sabe bem disso. – Anahí respondeu.

— Eu não quero correr o risco de te ver sair por aquela porta como aconteceu antes... – esclareceu, aproximando-se dela e acariciando seus braços, colocando as tiras do vestido de volta no lugar. — E embora me mate ter que parar agora, eu não quero que se arrependa depois.

— Tem certeza? – ela piscou e sorriu da forma mais sexy que podia conceber.

— Tenho! – Alfonso respondeu sorrindo. — Mas pare de me provocar ou posso mudar de ideia.

— Vou cobrar, hein? – brincou, dando um selinho leve nos lábios dele.

— Ai, Ai... – suspirou contra os lábios dela. — Você ainda vai acabar comigo.

Anahí apenas riu, aproveitando a nova intimidade que estava nascendo entre eles. Ambos eram adultos, vacinados, que pagavam as próprias contas, por que não estenderem os benefícios de seu casamento por conveniência e tornar a convivência, digamos, um pouco mais prazerosa? Sempre fora uma mulher que se gabava de saber separar prazer e diversão de sentimentos mais sérios, seria um risco tão grande se envolver com o homem que já era aos olhos de todos e da lei, seu legítimo esposo? Se fosse mesmo um risco, ela estava decidida a corrê-lo.

 Ambos eram adultos, vacinados, que pagavam as próprias contas, por que não estenderem os benefícios de seu casamento por conveniência e tornar a convivência, digamos, um pouco mais prazerosa? Sempre fora uma mulher que se gabava de saber separar ...

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