Capítulo XXXVII

1.1K 89 41
                                    

Aquele era o provavelmente o décimo telefonema de sua mãe que ele ignorava naquela tarde e ele nunca ignorava os telefonemas de Ruth Herrera

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aquele era o provavelmente o décimo telefonema de sua mãe que ele ignorava naquela tarde e ele nunca ignorava os telefonemas de Ruth Herrera. Alfonso sabia o que a mãe queria com ele e porque estava ligando do seu celular e não do telefone fixo da casa. Ela vinha insistindo que ele tivesse uma conversa com seu pai, mas desde que saíra do hospital, tudo o que ele menos queria era encara-lo. Algo dizia que aquilo não daria em nada e Alfonso estava cansado demais pra enfrentar mais uma batalha contra Armando Herrera.

O telefone tocou mais uma vez, fazendo Alfonso levantar os olhos do livro com o qual ele tentava se entreter e resolver atender de uma vez.

— Filho?

— Sou eu, mãe. – respondeu cansado. — Tudo bem? Algum problema aí em casa?

— Oh... tive receio de ligar e não te encontrar em casa. – uma breve pausa. — Achei que já estivesse de volta na empresa.

— Mãe, eu não vou voltar pro hotel! Achei que tivesse sido claro com você e com meu pai. – Alfonso passou a mão pelos cabelos e pela nuca, parecia que eles jamais aceitariam sua posição. — Se me ligou pra me convencer a voltar... desista. Isso não vai acontecer!

— Filho... Poncho... eu sei que você tem uma forma de ver a vida muito diferente da do seu pai e eu entendo e respeito isso e eu te amo, meu amor! Nunca ficaria contra você, mesmo que o cabeça dura do seu pai pedisse. Você e a sua felicidade sempre virão em primeiro lugar. – Ruth falava apreensiva do outro lado da linha. — Eu liguei porque vocês precisam conversar... Armando não quer falar nem comigo, mas eu sei que com você, ele vai querer conversar e quem sabe, vocês podem se entender finalmente? É tudo o que eu mais desejo, filho, que vocês voltem a se ver como pai e filho.

— Pra isso acontecer, ele precisa entender que não sou uma extensão dele ou um boneco de ventríloquo, sem vontades ou iniciativa pra nada!

— Venha hoje pra casa! É Ação de Graças. Vamos jantar todos juntos, o que acha? – a mãe de Alfonso insistiu. — Maite e Christopher também virão... não vai ser desconfortável, eu prometo que seu pai vai se comportar e não vai fazer nenhuma besteira.

— Como pode garantir isso, mamãe?

— Apenas venha, tudo bem? Daremos um jeito de acertar as coisas, fique certo disso!

— Vou tentar, mãe.

Depois da curta conversa com a mãe, Alfonso passou a tarde inteira pesando os prós e contras que envolviam a decisão de ir ou não jantar com seus pais. No fim do dia, ele decidiu-se por ir, se não por qualquer outro motivo, ao menos para satisfazer uma vontade de sua mãe.

Chegando lá, Christopher e Maite já haviam chegado e estavam sentados na mesa da sala de jantar, esperando para serem servidos.

— Hey, man! – Christopher levantou para cumprimentar o amigo. — Não pensei que viria.

Water Under The Bridge  ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora