Aquele era o provavelmente o décimo telefonema de sua mãe que ele ignorava naquela tarde e ele nunca ignorava os telefonemas de Ruth Herrera. Alfonso sabia o que a mãe queria com ele e porque estava ligando do seu celular e não do telefone fixo da casa. Ela vinha insistindo que ele tivesse uma conversa com seu pai, mas desde que saíra do hospital, tudo o que ele menos queria era encara-lo. Algo dizia que aquilo não daria em nada e Alfonso estava cansado demais pra enfrentar mais uma batalha contra Armando Herrera.
O telefone tocou mais uma vez, fazendo Alfonso levantar os olhos do livro com o qual ele tentava se entreter e resolver atender de uma vez.
— Filho?
— Sou eu, mãe. – respondeu cansado. — Tudo bem? Algum problema aí em casa?
— Oh... tive receio de ligar e não te encontrar em casa. – uma breve pausa. — Achei que já estivesse de volta na empresa.
— Mãe, eu não vou voltar pro hotel! Achei que tivesse sido claro com você e com meu pai. – Alfonso passou a mão pelos cabelos e pela nuca, parecia que eles jamais aceitariam sua posição. — Se me ligou pra me convencer a voltar... desista. Isso não vai acontecer!
— Filho... Poncho... eu sei que você tem uma forma de ver a vida muito diferente da do seu pai e eu entendo e respeito isso e eu te amo, meu amor! Nunca ficaria contra você, mesmo que o cabeça dura do seu pai pedisse. Você e a sua felicidade sempre virão em primeiro lugar. – Ruth falava apreensiva do outro lado da linha. — Eu liguei porque vocês precisam conversar... Armando não quer falar nem comigo, mas eu sei que com você, ele vai querer conversar e quem sabe, vocês podem se entender finalmente? É tudo o que eu mais desejo, filho, que vocês voltem a se ver como pai e filho.
— Pra isso acontecer, ele precisa entender que não sou uma extensão dele ou um boneco de ventríloquo, sem vontades ou iniciativa pra nada!
— Venha hoje pra casa! É Ação de Graças. Vamos jantar todos juntos, o que acha? – a mãe de Alfonso insistiu. — Maite e Christopher também virão... não vai ser desconfortável, eu prometo que seu pai vai se comportar e não vai fazer nenhuma besteira.
— Como pode garantir isso, mamãe?
— Apenas venha, tudo bem? Daremos um jeito de acertar as coisas, fique certo disso!
— Vou tentar, mãe.
Depois da curta conversa com a mãe, Alfonso passou a tarde inteira pesando os prós e contras que envolviam a decisão de ir ou não jantar com seus pais. No fim do dia, ele decidiu-se por ir, se não por qualquer outro motivo, ao menos para satisfazer uma vontade de sua mãe.
Chegando lá, Christopher e Maite já haviam chegado e estavam sentados na mesa da sala de jantar, esperando para serem servidos.
— Hey, man! – Christopher levantou para cumprimentar o amigo. — Não pensei que viria.
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Water Under The Bridge ✔️
FanfictionAlfonso e Anahí se conheceram e tiveram um breve, porém marcante envolvimento. Ela seguiu seu sonho de entrar em uma renomada companhia de teatro em Londres e ele continuou em San Franciso para assumir os negócios da família e acabou casando-se co...