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Frederico Borges

Sabe aquele momento do filme em que tudo começa a rodar em  slow motion?
Foi exatamente o que aconteceu comigo assim que contei ao meu sogro sobre a minha mais obscura verdade: sou palmeirense!

Contei! Pronto! O que está feito, está feito! não adianta chorar pelo leite derramado.

Se bem que eu queria muito chorar agora.

Seu Sérgio me olha com um rosto que não consigo identificar: algo entre tristeza e muita, mas muita raiva.

— Seu filho da mãe! — Berra, depois de intermináveis segundos me encarando.

Olho pra Malu, que está me olhando com muita pena. Olho pra sogrinha, que balança a cabeça muito triste.

Cara... eu muito ferrado!

— Então, Sogrão, mas eu não sou tão palmeirense assim, sabe? — Tento dar uma apaziguada.

Mas foi em vão.

— O que você quer dizer com isso? — Ele está se aproximando e eu dando uns passos pra trás, só por precaução. — Que você não é tão palmeirense? Um pouco você é, então? — Se aproximou mais e, cara, eu já encostei na parede! não tenho mais pra onde correr, estou preso.

— Então, eu sou palmeirense, nasci assim. Vem de família, não fui eu que escolhi! —  Ergo as mãos em rendição.

— Mas por que você mentiu, Frederico? você me decepcionou demais, garoto! —  Agora vejo a tristeza em seu olhar.

Porra! Eu sou um babaca!

—  Desculpe, Sérgio, eu queria conquistar a família...

— Bem, —  começa, colocando uma mão no meu ombro. — águas passadas, meu filho. Não minta mais sobre algo tão sério.

Obrigado, Senhor! Deus ouviu minhas preces, Suspiro aliviado.

— Obrigado, Seu Sérgio, prometo não falar mal do seu time na sua frente!

— Agora o que eu não entendo, é você, Maria Luiza. —  Diz se afastando e eu, finalmente, conseguindo respirar novamente.

— Eu o quê, pai? —  Malu pergunta confusa.

—  Como você, minha filha, sangue do meu sangue, minha primogênita foi capaz de namorar um palmeirense? Eu falhei como pai —  Diz balançando a cabeça, desolado.

—  oh, papai —  Malu vai toda preocupada abraçar o pai. —  Eu não sabia que o Fred era palmeirense, quando descobri, era tarde demais!

Como é que é? Comecei a rir.

—  Está rindo de quê, palmeirense? —  Lucas (que até agora estava em silêncio) fala.

— Estou rindo com respeito, Lucas. —  Me controlo.

— Bem, agora que já está tudo muito bem explicado. Eu vou ver como minha irmã está, a noite não foi só tensa pra gente. — Sandra sai.

Olho pra Malu, ela está me encarando e tenho certeza que está pensando a mesma coisa que eu: até que não foi tão ruim!





Bom, galera, depois de 84 anos (quem pegou a referência, pegou! hahaha), eu posto um capítulo. Sei que demorei muito pra postar, avisei algumas leitoras (es) sobre, mas infelizmente, a maioria não ficou sabendo da minha correria dos últimos meses. Eu peço mil perdões á vocês. São graças aos cometários (os milhares) e estrelinhas que estou aqui, pedindo desculpas e agradecendo a todas que não me abandonaram, mesmo depois de todo esse tempo.

Espero que vocês continuem lendo e que eu consiga trazer um pouco, por menor que seja de alegria nesse momento tão difícil que o mundo está passando.


Eu amo vocês, obrigada por tudo!

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⏰ Última atualização: Aug 05, 2020 ⏰

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