Senti uma presença diferente, o meu coração aqueceu e eu ganhei forças, não sei de onde. Eu estava mais magra, meu cabelo estava horrível e devia estar com umas grandes olheiras. Estava ganhando forças, pensei em Felipe, e no quanto ele devia estar sofrendo, balancei a cadeira, e consegui alcançar, a vela, que iluminava aquele pequeno quarto. Com dificuldade e medo de ser apanhada, queimei as cordas que amarravam as minhas mãos e desamarrei as dos pés, o mais rápido que consegui. A porta estava trancada e eu só tinha uma opção : grampo de cabelo. Admito, que pensei que não ia abrir , porque isso só acontece nos filmes e nos livros, mas para minha surpresa, a porta deu um clique e abriu.
Quase gritei de alegria, mas me controlei para não foder o plano. Andei pela casa, com cuidado, e ouvi algumas vozes perto. Desci para a parte de baixo e numa sala estava um homem armado na porta e lá dentro consegui ver Felipe. Só há uma tentativa .
Fui até o homem e ele olhou pra mim assustado, se perguntando como saí, e começou agarrando meu braço, me aproximei e lhe dei uma joelhada em seu amiguinho. Ele se deitou no chão se contorcendo e eu desamarrei Felipe.
Saímos correndo dali, ouvimos um carro por perto, e subimos numa árvore pequena. Tentando nos camuflar em meio às folhas. Ficamos lá, até vermos o caminho livre. Não falamos, apenas ficamos abraçados por causa do frio. Aquela vadia da Emily vai se arrepender.
Descemos e continuamos a nossa fuga, Felipe ainda tinha o seu celular por sorte e mandou mensagem a Elizabeth dizendo que estávamos bem. Andamos ,até onde ele deixou seu carro, o que era um pouco longe, e quando entramos comecei um interrogatório que eu merecia.
- Felipe?
- Sim, Daniela?
- O Caleb está bem?
- Não , ele não está. – Ele respondeu estranho e com amargura na voz.
Encerrou assim a conversa e eu deitei a minha cabeça na janela e chorei.
Felipe nos levou para a polícia assim que chegamos e despachamos os depoimentos. Contei como tudo tinha acontecido , Felipe deu a morada da casa onde fui mantida refém, mostrou uma mensagem anónima, e eu denunciei Emily. Tivemos que ficar na esquadra até os polícias voltarem e eles trouxeram apenas os homens que a ajudaram. Ela fugiu. Eu sei que ela vai voltar, e quando voltar estarei aqui. Pronta para ela.
Felipe e eu fomos até ao hospital e Elizabeth veio a correr e abraçou-o.
- Como está Caleb? – perguntei preocupada. Visto que na esquadra, me falaram do atropelamento.
- Ele se foi. Teve um ataque cardíaco e não resistiu , os médicos fizeram de tudo, mas Caleb não conseguiu sobreviver, eu lamento . - Ela disse, em meio a choro.
- Nãoooo - eu gritei e cai de joelhos com as mãos puxando os cabelos e chorando – Diz-me que ele não se foi, por favor. DIZ-ME.
- Desculpa Dani. – Ela falou me abraçando, enquanto eu chorava desesperada.
Eu chorei e chorei, ninguém me impediu. Eu matei o meu namorado. Tudo isto era por minha culpa. Eu merecia morrer, mas ele não. Ele era uma boa pessoa. Caleb era tudo que eu precisava .
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Os Opostos Se Atraem
Teen FictionNão há um momento certo, para algo na nossa vida acontecer. Daniela Madson passou por demasiados obstáculos, para obter o seu final feliz. Uma história com controvérsias, uma história cheia de amores e amizades. Daniela lutou para ter tudo o que d...