Believe

Capítulo 18

No capítulo anterior:
Gregory: Sabe, nesse final de semana algumas pessoas daqui estão se organizando para sair - Disse quebrando o silêncio.
Eu: Sair para onde?
Gregory: Um tipo de churrascaria.
Eu: Você vai?
Gregory: Sim, eu vou - Disse assentindo.
Eu: Não acha chato sair com pessoas mais velhas? - Eu ri um pouco.
Gregory: Aqui não tem só pessoas mais velhas do que a gente - Riu também - A Lorenna, por exemplo, ela deve ter uns 20 anos. É jovem e bonita.
Eu: Gosta dela?
Gregory: Hum, não... Por que tá me perguntando isso?
Eu: Por nada, desculpe - Eu ri.
Gregory: Continuando - Riu, um pouco sem jeito - Achei que gostaria de ir, pode ser bom para você conhecer novas pessoas também - Se levantou.
Eu: Tá me convidando para sair? - Eu perguntei o olhando.
Gregory: Interprete como quiser - Sorriu de canto e saiu em direção ao elevador.

Hum... Por que não?

Capítulo atual:

(19:30 da noite)

Desci do ônibus, que me deixava em um ponto praticamente na frente da minha casa, e me apressei para pegar as chaves na minha bolsa, enquanto caminhava até à porta.
Eu: CHEGUEI, MÃE!! - Eu gritei assim que abri a porta.
Andei um pouco pela casa, procurando por ela, já que não a vi na sala, e me surpreendi no mesmo momento em que adentrei a cozinha e vi que minha mãe estava acompanhada, pelo meu pai.
Eu: Mãe? Pai? - Eu olhei para os dois, que estavam sentados à mesa - PAI!! - Eu corri até ele, que se levantou para me apertar em seus braços.
Pai: Filha!! Como é bom ver você, minha Carlynha!!
Eu: Que saudades, pai! - Eu disse de maneira que minha voz saiu abafada por eu ainda estar o abraçando.
Pai: Eu também estava com saudades, minha linda! - Me apertou ainda mais.
Eu: O que o senhor veio fazer aqui? - Eu perguntei me desvencilhando de seu abraço e olhando de relance para minha mãe e depois para ele.
Pai: Ah, filha, eu...
Mãe: Seu pai veio ver você, Carly - Sorriu.
Pai: Exatamente - Sorriu também.
Eu: Tem certeza que veio só para me ver, pai? - Eu lhe lancei um olhar sapeca, ao mesmo tempo que fazia cara de desconfiada.
Pai: Filha, é claro que sim... - Me olhou. Eu conhecia muito bem aquele olhar. Ele estava querendo rir!
Eu: Hum... Tudo bem... - Eu ri um pouquinho - Vou subir e tomar um banho, daqui à pouco eu volto.
Eu beijei minha mãe no rosto já que ainda não havia falado com ela, e tratei de me apressar para tomar banho, pois queria logo descer novamente para aproveitar o tempo com meu pai.

Fiquei por pouco tempo debaixo da água quentinha. Confesso que deu até mesmo preguiça de ter que desligar o chuveiro, mas logo me enrolei na minha toalha e caminhei até o meu quarto. Coloquei roupas confortáveis, penteei meu cabelo e desci. Meus pais estavam na sala, sentados no sofá e vendo qualquer coisa na televisão, juntamente à um silêncio que, para eles, parecia ser um pouco desconfortável.
Eu: Prontinho! - Eu disse sorrindo, enquanto descia as escadas rapidamente. Meu pai, quando me viu, se levantou e abriu um sorriso.
Eu: Pai, você vai ficar para jantar com a gente, não é mesmo? - Eu perguntei abraçando-o de lado.
Pai: Não filha, de maneira nenhuma eu quero atrapalhar o jantar de vocês. Eu só vim mesmo te ver um pouco e também fazer um convite.
Eu: Mas pai... - Eu fui interrompida pela minha mãe.
Mãe: Por favor, Mark, fique para jantar. Você não vai atrapalhar, sem contar que a Carly vai ficar muito feliz se você jantar conosco - Tirou as palavras da minha boca.
Pai: Tem certeza? Não quero mesmo incomodar...
Eu: Não vai! Vem, vamos - Eu puxei o mesmo para a cozinha.
Puxei uma cadeira para que meu pai se sentasse e o deixei ali por alguns instantes para que eu ajudasse minha mãe a esquentar o jantar, porém pude perceber que, assim como, às vezes, eu estava o observando, da mesma maneira ele estava observando minha mãe, mas com um olhar muito mais intenso nela. Quando se dava conta de que estava olhando demais, tentava disfarçar, olhando para TV. Enquanto que eu apenas prendia o riso!