Capítulo 15 - Repostado

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No capítulo anterior:
Coloquei o pacote de Ruffles já vazio sobre a cabeça dela e gargalhei quando a boca dela se formou em um perfeito "O" e ela começou a me bater.
Logo em seguida, olhei para cima de relance e distraidamente, só para ficar de olho se algum dos meninos aparecessem, mas logo dei de cara com um verdadeiro Deus grego maravilhoso e Allyson percebeu no mesmo instante em que parei de brincar com ela.

Capítulo atual:
Ele estava passando pela sacada, apenas com uma toalha amarrada à sua cintura, os cabelos molhados um pouco à frente de seus olhos e um pouco grudado à sua testa. A maneira como ele sorria, um jeito único, apenas dele. O modo como ele acenava para a gente. Naquele exato momento, eu fiquei estática e tive a sensação de que tudo havia ficado em câmera lenta. Eu não estava conseguindo ouvir mais nada e parecia que minha visão apenas tinha se focado em uma única pessoa, eu estava enxergando apenas ele, de novo. Assim como aconteceu no show.
XxXxXxXx: OLHA O LOUIS, OLHA O LOUIS!!
Acabei por despertar do meu intenso transe, com Ally me chacoalhando de leve.
Allyson: Carly, você tá bem? - Gritou um pouco, senão eu não escutaria por conta da gritaria.
A olhei por um instante e abri a boca para responder, mas hesitei. Apenas fiz que sim com a cabeça.
Continuei a olhar para ele, queria gritar com toda a força existente em meus pulmões, queria me descabelar como todo mundo ali estava fazendo, mas eu não estava conseguindo. Não dessa vez. Minha voz não saía me impedindo de gritar qualquer coisa, minhas pernas travaram me impedindo de pular, um estranho arrepio me percorreu por inteiro. Dos meus olhos, lágrimas desciam novamente e sem parar, mas eu apenas estava ali, parada. Até que, em fração de segundos, algo me ocorreu, uma força juntamente à uma coragem que eu não sabia explicar, minhas pernas destravaram e eu empurrei de leve algumas pessoas que estavam à minha frente e atravessei a grade. Corri o mais rápido possível até a porta da frente do hotel e quando eu estava perto de conseguir abri-la, me senti sendo puxada um pouco bruscamente para trás por mãos grandes e fortes. Não me mexi e também não lutei contra, apenas me deixei ser levada pelos seguranças, porque já não conseguia mais raciocinar direito, minhas lágrimas cada vez mais incessáveis. Eu chorava horrores.
Enquanto eu era carregada como se fosse uma verdadeira ameaça para os meninos, notei que todos estavam me olhando e gritando também. Alguns gritavam pela loucura que eu quase cometi, outros gritavam pelo fato de Louis ainda estar na sacada.
Olhei para cima e pude ver seu rosto com uma expressão um tanto confusa. Relaxa, Louis! É só mais uma fã que perdeu os sentidos e quase invadiu o hotel para tentar algum contato com vocês!

Fui levada de volta para atrás da grade. Os seguranças me olhavam sérios, pareciam mesmo aqueles armários.
Allyson: CARLY, SUA DOIDA! O QUE FOI ISSO? - Veio até mim, me puxando pela mão.
Eu: Eu não sei, eu só... - A olhei, tentando limpar meu rosto - Só, de repente, me deu vontade de invadir, Ally. A mesma vontade que você estava.
Allyson: Essa vontade tenho certeza de que todo mundo tem aqui, mas você teve a coragem de fazer isso, se não fosse pelos seguranças!
Eu: Eu não sei explicar...
Ela me olhou, com os olhos lacrimejados, e me puxou para um abraço apertado. Parecia que, com aquele olhar e com aquele abraço, ela estava conseguindo entender tudo, sem que eu precisasse explicar nada. E continuamos assim, até nós duas nos acalmarmos por completo.

(17:05 da tarde)

Ally e eu estávamos sentadas de qualquer jeito em uma calçada ali perto. Estávamos muito cansadas, estávamos esgotadas. Cabelo bagunçado, rosto inchado de tanto chorar, nossa comida havia acabado e as garrafinhas de água que havíamos comprado por vendedores ambulantes já se encontravam vazias.
Allyson: E se a gente for para casa?
Eu: Não, os meninos não foram para o show ainda, estão dentro do hotel. Se a gente for para casa agora, vamos perder a hora em que eles estiverem saindo.
Allyson: Eu to tão exausta - Disse, deitando a cabeça em meu ombro.
Eu: Eu também.
De repente, a gritaria havia retornado novamente. Ally e eu nos levantamos em um pulo e corremos novamente para perto da multidão de pessoas. Procuramos por algo, e era Harry passando pela sacada com uma garota. Algo me dizia que era Sara, mas não dava para ver direito.
Allyson: É a Sara com ele? - Me cutucou.
Eu: Acho que sim.
Os gritos das Directioners eram cada vez mais altos e alguns comentários sobre Sara começaram a surgir e puderam ser escutados. Alguns de ódio e outros até que agradáveis.
Ally e eu gritávamos junto com todo mundo, mas já não chegávamos mais ao mesmo nível alto de gritaria como antes, estávamos mesmo mortas.
Harry ficou ali por poucos minutos, sorriu simpático e acenou rapidamente, em seguida sumiu, de novo, com sua garota. Ela parecia ser tímida, porém adorável.

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