V

908 65 36
                                    


Lauren Point Of View 

Uma semana depois... 

Estava sentada no espaçoso sofá de minha sala, falhando miseravelmente na tentativa de ler algo. Eu não conseguia formular nada sem que minha mente me levasse até ela, me fazendo imaginar seu sorriso. Minha cabeça me fazia dar voltas sempre que eu tentava tomar uma decisão sobre o que fazer quanto ao fato de eu não conseguir parar de pensar naquela latina. Frustrante. Eu estava enlouquecendo aos poucos. Primeiro eu a odiei, odiei por me desafiar, por me fazer de submissa, mas agora eu sinto que algo mudou, eu sinto como se eu precisasse vê-la, o mais rápido possível. Confesso que estou lutando contra minha vontade de ir em sua casa, e confesso também que quando vi aquelas fotos intimas de Shawn e Anna senti uma vontade de socá-lo até que ele morra. Eu esperava encontrar Camila no dia seguinte, após enviar aquelas imagens, esperava receber um Obrigado. Bom, na verdade, eu só queria vê-la. Mas ela não apareceu, o que me deixou um tanto furiosa. Estou me culpando a todo momento, me culpando por não conseguir tirar a merda da nossa pegação em minha sala.  O celular vibrou em meu bolso, retirei-o e o atendi, sem nem ao menos olhar de quem se tratava. 

—Alô? 

Lauren Jauregui? — Sua voz estava um tanto diferente, mas eu a reconheci. 

—Como conseguiu meu número? — Questionei, arqueando uma sobrancelha. 

Não importa — disse, e eu por pouco não consegui compreender, pois o lugar onde ela estava tocava uma música alta —Liguei para dizer que você é uma estupida, sem coração, que você desgraçou minha vida. — Ela falava com certa dificuldade, e pude ouvi-la soluçar —Você uma idiota, e eu não consigo te tirar da minha cabeça. 

—Onde você está, Camila? — Questionei. 

Não te interessa. 

Você está bêbada? — Questionei, franzindo o cenho. 

Não, eu só tomei algumas... an... muitas doses de Whisky. — Ela estava bem grogue —Mas por que está me perguntando? Afinal, você é só mais uma idiota estupida, uma criança birrenta que não sabe resolver seus problemas sociais e acaba envolvendo sua vida profissional nisso. E veja como estou agora? Sem emprego e a culpa é toda sua, aliás, você passou a ser culpada por todo esse desastre em minha vida, e é por isso que eu te odeio, e me odeio também por desejar que aquela cena pornográfica em sua sala se repita várias e várias vezes. 

Respirei fundo, passando a mão pelos meus fios revolto, não acreditava no que eu estava prestes a fazer. Vai se arrepender e sabe disso. Mas eu não posso deixá-la desse jeito, eu queria poder fazer como sempre fiz e não me importar, mas não consigo. 

—Não saia dai, eu chegarei em quinze minutos. 

Não precisa, eu... — Desliguei o telefone, sem dá-la chances de negar.

Disquei o número de Antony e levei ao ouvido, percebendo que o mesmo já havia atendido no primeiro toque. Rápido, gosto disso. 

—Rastreie o celular de Camila, preciso dessa informação em cinco minutos. 

Sim, senhora — disse eu desliguei o telefone. 

—James — chamei-o e logo o mesmo apareceu. 

—O que deseja, Senhora?

—Sairemos em cinco minutos — falei, e ele apenas assentiu. 

—Com licença. 

O celular vibrou e eu sabia que se tratava do endereço de onde Camila estava. Caminhei até meu quarto e peguei minha carteira e saí, indo diretamente para o elevador, não tinha tempo para trocar de roupa, e suponho que a calça jeans, a camisa de botões xadrez, e  não esteja ruim para um a sexta-feira a noite. Dirigi-me ao estacionamento subterrâneo, onde James já me esperava com a porta traseira do carro aberta. Entrei no veículo e coloquei o cinto, peguei o celular  e abri a mensagem de Antony. 

ControlOnde histórias criam vida. Descubra agora