Epílogo

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QUANDO DEIXAMOS A ADOLESCÊNCIA PARA TRÁS APRENDEMOS ALGUMAS COISAS MEIO RIDÍCULAS.

Primeiro de tudo é que fazer dezoito anos não é sinônimo de viver do jeito que a gente quer. Segundo que é uma fase cheia de altos e baixos, com crises existenciais tão extensas que parecem não ter mais fim. Estamos sempre lutando contra nós mesmos, transformando situações pequenas em verdadeiros embaraços, difíceis de desembaraçar.

Na juventude, por exemplo, é comum causarmos danos ao nosso coração apostando todas as fichas em interesses amorosos que não valem um centavo. Inclusive, são daí que vem aquelas primeiras decepções que faz a gente se sentir o pior tesouro de porcaria do mundo. Nessa fase descobrimos o que é ficar na bad. E sabe o que é pior? Pensamos que para sair dessa precisamos apelar para algum tipo de antidepressivo amoroso perfeito e com forte efeito de cura. É nesse momento que a gente comete mais equívocos. O momento que a gente mais pisa na bola. É bafão em cima de bafão. Porque a vida não funciona como um manual de instrução ou uma receita de bolo. A vida é um conta-gotas de surpresas. É por isso que imprevistos acontecem o tempo todo. E não adianta tentar se esconder, pois esses imprevistos estão longe do nosso controle, muito longe, a milhas e milhas de distância da gente.

Entendeu agora porque é tão importante rasgar a bula? Espera! Você não entendeu ainda? Não mesmo? Poxa! Será que isso é um sinal que a dose foi pequena demais? Talvez seja isso mesmo, um problema de dose. Mas relaxa. Prometo que na próxima a gente aumenta.


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O Antidepressivo Amoroso Perfeito (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora