My Work

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Com o passar dos anos o trabalho se torna mais fácil de se realizar por assim dizer. Esconder o corpo do pai de Brianna, não foi uma tarefa das mais difíceis das quais já fiz, muito menos a mais prazerosa. Mesmo anos após anos convivendo com esse tipo de realidade, meus pecados não tornaram-se mais leves, ou minhas noites mais tranquilas, morte sempre será uma morte, muito embora essa não tenha sido feita por minhas mãos, mas sentia o peso, como se realmente fosse minha.
Retalho o corpo daquele verme, que havia partido de olhos abertos,e pude ver com prazer a surpresa que eles carregavam por ter sido atacado. Mas o que esse imbecil pensava, que iria abusar para sempre da própria filha sem que ela reagisse ou alguém hora ou outra descobrisse? Puff...
Realmente essa menina vai ter pecados iguais aos meus para carregar, mas esse ela vai levá-lo com grande prazer.
Após esquartejá-lo e lava-lo a um local seguro, jogo sob os restos mortais dele dois tipos de ácidos capazes de derreter até os ossos e assim não sobrar nem rastros da sua existência.
Volto a casa é limpo o local tirando tudo que evidencie que Brianna morou aqui, coisa que a polícia nem vai desconfiar do fato, pois ela mal era vista em sua própria rua, e os vizinhos estavam muito ocupados com sua embriaguez, ou drogas pra notar uma menina como ela.
Tiro também as coisas do apartamento a qual eu tinha alugado para acompanhar a minha mais nova discípula, deixando livre de qualquer rastro meu. Agora sim vou atrás da garota, não deve estar tão longe assim, já é noite então não vou procurar a esmo, vou ligar o rastreador que instalei na bolsa da escola e achar essa garota.
 Momentos depois, dirijo-me ao centro da cidade que a essas horas é perigoso e assustador para uma criança como ela, que deve estar com medo e sem um lugar para ficar. O sinal fica cada vez mais forte então paro meu carro a cerca de uma quadra onde está indicando o paradeiro da fujona.

Ao chegar no beco vejo ela sendo atacada por um cara que vezes o seu tamanho, espero que ela se defenda, afinal ela já fez isso uma vez, mas ela está frágil e debilitada e em alguns segundos de distração minha o cara a ataca com um canivete desferindo dois golpes em seu abdômen, quando estava prestes dar a terceira investida reagi de imediato, saquei minha pistola do coldre e atirei em suas costas, e não satisfeito mesmo sabendo que o tiro que desferi fora certeiro, ainda soquei o infeliz. E corri em direção a garota, que estava quase desmaiando, e eu disse que iria ficar tudo bem, muito embora soubesse que os golpes provavelmente atingiram órgãos importantes.
E levei-a até meu apartamento e chamei um médico amigo meu para me ajudar a cuidar de Brianna, ele era de confiança total e sabia qual era a minha "profissão".
Peter cuidou dos ferimentos, e medicou ela. - Bom Aaron os primeiros cuidados que podiam serem feitos nessas condições eu fiz, mas cara... Ela realmente precisa de ir a um hospital, está desnutrida, com um aspecto de anemia profunda, eu não posso fazer mais do que já fiz aqui em seu apartamento. Ela precisa de exames! - disse de forma exasperada - Eu sei que ela é parte da sua missão, não sou burro, mas posso dizer que encontrei ela no meio da rua, sem documentos ou coisa do tipo. Não diria nada que te ligasse a ela ou a organização! -
Ponderei por um mísero momento em levar ela pra um hospital, mas não podia. Não, não mesmo, a organização iria ficar sabendo se o fizesse.
- Peter eu agradeço, mas ela fica aqui e não vamos discutir sobre isso, me diga tudo que precisa e eu vou conseguir para que você possa trabalhar. De medicamentos até aparelhos, mas a garota não sai daqui em hipótese nenhuma! - falei de forma rude com ele, para que não houvesse insistência de sua parte em tirar Brianna de meu APÊ.
- OK cara, vou fazer um lista de tudo que vou precisar por hora, mas não garanto nada, ela está debilitada demais, possa ser que o corpo não reaja, ela perdeu muito sangue e vamos ter que esperar 72 horas pra ver se isso vai acontecer ou não.
Mas eu espero que sim, os medicamentos e os aparelhos irão ajudar bastante. - disse por fim dando-lhe por vencido.
 Ele me entregou uma lista substancialmente grande, mas nada do que pediu seria problema para que eu conseguisse.
Após tudo estar em seu devido lugar, Peter constatou que o quadro dela teve uma piora significativa, e que havia entrado em coma, e agora era esperar para ver como o corpo iria reagir. Cerca de um longo mês depois de cuidados intensivos a menina acordou do coma, eu estava no meu escritório resolvendo algumas partes burocráticas da agência quando os sensores avisaram sobre a garota, prontamente liguei para meu amigo que avisou-me que chegaria o mais breve possível.
Observei pelos monitores das câmeras de vigilância que ela havia se levantado, mesmo ainda conectada aos aparelhos, subi as escadas de dois em dois degraus para impedi-la de fazer movimentos bruscos e abrir os ferimentos em seu abdômen.

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