Primeira Impressão

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Assim que senti firmeza em minhas pernas tentei dar alguns passos para descobrir em que raio de lugar eu estava, porquê com certeza aqui não era um hospital, muito menos uma clínica.
Não sabia a quanto tempo estava nesse lugar, nem quem tinha me acolhido e isso me desesperava.
Tentava prestar atenção em tudo ao meu redor, nos mínimos detalhes, nas cores minimalista do cômodo onde tudo era austero e sem muitas dicas do dono desse aposento.
 Aos poucos fui ouvindo passos que cada vez ficavam mas próximos e mais  firmes. A porta foi aberta de uma vez entrando por ela um homem alto, de olhar intimidador e penetrante. Acuada e sem forças me encolhi junto aos monitores, poderia não ter forças para correr ou lutar, mas se ele tentasse algo contra mim usaria um daqueles objetos para atacá-lo e ganhar tempo para fugir o mais longe que conseguisse. - Hey, calma garota não vou te machucar ok? - dando um suspiro continuou - Você está segura aqui comigo, só peço que volte para a cama e deite-se, seus ferimentos ainda estão abertos e você não pode fazer nenhum tipo de esforço, o médico que lhe atendeu já está a caminho - a princípio ele falou de forma sutil, mas ele não iria me enganar, ah não, eu o observava pelo canto dos olhos pronta para atacar caso fosse necessário, e acho que ele percebeu minha hesitação voltou a falar novamente só que dessa vez sendo mais rude e aumentando o tom de voz -  Olha aqui garota não vou te machucar, se quisesse já o teria feito antes. Faz um mês que você não passa de um peso morto nessa cama. - Um mês? Fazia um mês que eu estava assim ? Me senti zonza com a informação, mas ele continuou falando - Eu te ajudei, e estou cuidando para te manter viva, então facilite as coisas tanto para você quanto para mim e deite-se novamente antes que eu a obrigue-a fazer isso. - Minha vista ficou turva por um momento, achei que fosse desabar ali mesmo, não sabia dizer ao certo se era pela dor que eu estava sentindo naquele instante ou o medo que começava a tomar do meu corpo.
Quando ele deu um passo em minha direção juntei o resto da força que ainda possuía e segui para a cama.
E me tratando como um cachorrinho amestrado, falou que era uma boa garota por estar obedecendo as ordens dele, mal sabia que eu não me sentia bem, eu o olhava tentando focar a minha visão, mas era cada vez mais complicado. Enquanto me dizia que o médico estava a caminho eu tentava manter o olhar, e por mais que eu quisesse negar, o indivíduo me passava certa confiança, e na situação a qual estava não teria outra opção a não ser confiar nesse completo desconhecido.
- Eu estou faminta...e queria um pouco de água se possível - falei baixo, mas era o suficiente para que ele escutasse de onde estava. - Tudo bem garota, espere um momento e já lhe trago um pouco de água, e algo para que se alimente, só não levante daí sem o médico ter te avaliado novamente, e sem minha ajuda, você está fora das suas possibilidades. Qualquer coisa me chame, meu nome é Oliver! - saiu do quarto deixando-me imersa em meus pensamentos.
Por que ele está me ajudando, porque ele me dá medo ? O que será que vai exigir em troca por estar cuidando de mim...? Tantas perguntas me deixavam cansada, e só de pensar nas respostas me sentia nauseada.

My Redemption Is YouOnde histórias criam vida. Descubra agora