Pov - Amanda
Amanda: mãe?! - ela se mexe na cama me ignorando completamente.
Laís: mim deixa - resmunga.
Mim deixa?
Pensei que apenas eu falava qualquer coisa enquanto dormia, mas pelo visto isto deve ser genética.
Amanda: mãe acorda - insisto suspirando - a senhora vai perder a escola dominical.
Dito isto ela pula da cama e pela careta vejo que se arrependeu de te-lo feito.
Laís: você quer me matar menina? - pergunta e eu reviro os olhos - nunca vou perder uma escola dominical - assinto sorrindo.
Amanda: ainda bem que eu sempre te acordo cedo - entrego sua toalha de banho - vou ver se o café está pronto - ela assente entrando no banheiro.
As vezes penso que minha mãe parece mais minha amiga do que minha mãe. Meu pai foi um homem de sorte quando a conheceu e posso dizer o mesmo dela.
E como tenho as mesmas qualidades que ela - se é que me entendem - sortudo será aquele que me tiver como esposa.
Não que eu pense em me casar agora. Vocês devem ter me entendido.
Termino de arrumar a mesa e escuto minha mãe descendo as escadas. Pego seu remédio e o coloco na mesa.
Amanda: coma bem dona Laís, pois o dia será longo - digo sorrindo.
[...]
Acordo minutos antes do despertador. A ansiedade não me deixa dormir.
Pego minha roupa e entro no banheiro.
Hoje é meu primeiro dia como a babá dos pequenos Miller's.
Só de pensar nisso meu coração acelera. Cuidar de três crianças é complicado, mas nada que eu não esteja acostumada. Eu acho.
Cuidar das crianças da igreja é uma coisa. Estão acostumadas comigo, me conhecem e sabem que vou ensina-los sobre a palavra de Deus.
Agora, cuidar de crianças que têm uma grande possibilidade de serem mimadas, me faz ter um certo pavor.
Assim que saio do banho sigo em direção à cozinha, sentindo um cheiro maravilhoso de panquecas.
Amanda: ora, ora, ora - digo assim que adentro a cozinha fazendo minha mãe pular de susto - vejo que alguém resolveu acordar mais cedo - começo a rir enquanto ela se recompõe.
Laís: primeiro - faz o número um com a mão - nunca assuste sua mãe, eu poderia ter morrido com um ataque cardíaco - reviro os olhos me sentando - segundo - faz o número dois - deveria me agradecer por fazer um café da manhã maravilhoso ao invés de me assustar - ela limpa as mãos no avental.
Amanda: o que tem para comer? - pergunto sentindo meu estômago ganhar vida.
Minha mãe bufa e logo em seguida coloca um prato de panquecas na mesa.
Laís: filha ingrata - resmunga me fazendo rir.
Amanda: também te amo mãe - ela da uma risadinha sarcástica.
Laís: não faz mais que a sua obrigação - se senta para comer comigo.
[...]
Laís: pelo amor de Deus minha filha, vê se pensa antes de falar alguma coisa - a olho indignada - nem me olhe desse jeito, conheço a filha que tenho.
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Uma Babá de Outro Mundo
SpiritualPrimeiro livro da série: de Outro Mundo. Amanda nunca foi uma jovem "normal", sempre divertida e espontânea, amada por todos. Com apenas vinte anos, se vê perdida ao saber da doença de sua mãe, tendo assim que trabalhar para ajuda-la com os tra...