Pov - Amanda
Chego alguns minutos atrasada, mas nada de importante havia sido feito pela sala.
Me sento em meu lugar cumprimentando alguns amigos.
Baixinha...
Como ele pode me chamar de baixinha?!
Tenho a absoluta certeza de que isso é obra de minha mãe.
O decorrer da noite passa tão rapidamente que chego até a estranhar. Mas em nenhum momento deixei de pensar naquela simples frase.
Por que isso estava mexendo tanto comigo?
Eu deveria ficar brava, mas simplesmente não consigo.
O que está acontecendo meu Deus?
Distraidamente olho para o lado e me deparo com uma moça diferente. Será que ela é transferida ou mudou seus horários?
Afinal eu não a tinha visto antes. Sou distraída, mas nem tanto.
Amanda: Oi - cumprimento fazendo ela se assustar - desculpe - peço tentando controlar meu riso - como se chama?
XXXX: me chamo Bruna - responde um pouco confusa com a minha abordagem - e você? - pergunta tímida.
Que fofa.
Amanda: me chamo Amanda - estendo minha mão para cumprimentá-la - é nova? - ela assente com a cabeça - não fala muito? - pergunto rindo e ela nega timidamente.
Ainda existem pessoas assim? Com amigas como Manu fica difícil saber.
Tento pensar em algum outro assunto para conversar com ela, mas nenhum me vem em mente. Ela parece perceber minha confusão e sorri de lado.
Bruna: você parece ser diferente - franzo a testa confusa - desde que cheguei você foi a unica que falou comigo sem ser por educação, e com sinceridade - da de ombros como se isso fosse algo comum para ela.
Amanda: ninguém conversa muito com você, não é?! - afirmo mais do que pergunto - por que? como isso é possível? - pergunto intrigada.
Bruna: não sei - diz tristemente - alguns, da minha outra faculdade falavam que eu era muito careta, sabe? Certinha demais, mesmo que eu não entendesse o significado disso.
Amanda: você é cristã, não é? - afirmo novamente e sorrio quando ela assente - eu sei como é, mas no meu caso é porque também sou maluca - dou de ombros e ela ri - é verdade e você ira descobrir isso mais cedo ou mais tarde - pisco pra ela.
Voltamos nossa atenção para a professora assim que a mesma entra na sala.
Entendo um pouco do que ela passou. Infelizmente também sofri com isso. Mas graças a Deus eu e Manu tivemos bons amigos e colegas, e cada um com sua religião.
Não julgávamos ninguém, respeitávamos a cada um, independente de sua igreja, porque sabíamos que Deus não salva apenas uma igreja, ele salva apenas aqueles que o temem.
Independente de qual igreja ele frequente. E só cabe a Deus julgar aquele que esta certo e aquele que esta errado.
A aula acaba sendo divertida como sempre, afinal a professora Ingrid é incrível.
Ao final das aulas apresentei Manu para Bruna, que acabou um pouco constrangida por minha esquisita amiga. Mas falei para ela que isso era algo completamente normal.
Quando se trata de Maria Manuela tudo o que não é normal para uma pessoa, acaba se tornando muito, mais muito normal.
Chego em casa um pouco cansada, mas nada que um banho e uma boa noite de sono não resolva. Subo preguiçosamente essa escada curta, mas ainda sim cansativa de casa e vou diretamente para o meu quarto.
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Uma Babá de Outro Mundo
SpiritualPrimeiro livro da série: de Outro Mundo. Amanda nunca foi uma jovem "normal", sempre divertida e espontânea, amada por todos. Com apenas vinte anos, se vê perdida ao saber da doença de sua mãe, tendo assim que trabalhar para ajuda-la com os tra...