Capítulo 13

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Pov - Amanda

Apesar do constrangimento que senti no piquenique, pude perceber o quanto está família sofre.

Mesmo estando juntos em alguns momentos, eles praticamente vivem separados. E olha que moram sob o mesmo teto.

Pude perceber também a ligação que existe entre Edu e o chato e inconveniente do seu irmão.

Enquanto ele e seus pais conversavam sobre negócios - que parece ser o único assunto a ser abordado por esta família - ele a todo instante demonstrava carinho para o irmão. Passava as mãos sobre seus cabelos, sorria sempre que olhava pra ele, dentre outras coisas.

Cheguei até a me repreender por ficar observando isso.

Sei que a primeira impressão que tive dele não foi nem um pouco legal, afinal, nem ele quis demonstrar alguma coisa em relação a mim.

Mas apenas observando o carinho dele pelos irmãos, já me fez mudar um pouco os meus pensamentos. Só um pouco. Bem pouquinho.

Até entendo o seu lado. Para ele eu sou uma completa estranha e ele apenas quer o melhor para os irmãos.

Não que eu não sinta vontade de mata-lo por ser tão chato. Acho que faz parte. Não tenho que atura-lo. Não sou a babá dele.

Eduardo: Amanda?! - me chama e só então volto a realidade - pra onde vai tudo isso que você come? - arqueio a sobrancelha, enquanto escuto o riso de Isaac.

Olho para o meu prato e só então percebo que estou na minha quarta fatia de bolo. 

Que culpa eu tenho se o bolo está incrivelmente delicioso. Perdendo apenas para o bolo da minha mãe. Que dona Laís não me ouça.

Isaac: e olha que ela é baixinha - as gêmeas começam a rir.

Amanda: eu não sou baixinha - resmungo brava, ou tentando parecer brava - você que é exageradamente alto - ele me olha risonho - alias todos os homens dessa família - reviro os olhos e  encaro Ricardo que dá de ombros e Mattew que arqueia a sobrancelha.

Por que ele tinha que ser tão bonito? 

Babaca.

Fátima: parem de falar assim de Amanda - me defende - ela tem uma altura ótima, e pode comer o quanto quiser, melhor reclamar de estomago cheio do que com ele vazio - começo a bater palmas e sou seguida por Bia e Triz.

As mulheres têm que se unir, não é?!

Eduardo: ainda não respondeu minha pergunta - cerro os olhos para ele que sorri de lado sarcasticamente.

Qual é o problema dessa família?

Sinto meu celular vibrar em meu bolso. Pego e vejo o nome de Manu na tela. Não sei porque, mas uma sensação ruim atinge o meu peito.

Amanda: com licença - peço tentando não parecer desesperada.

Saio rapidamente da mesa e atendo o celular.

Amanda: Manu? - pergunto - aconteceu alguma coisa? - sinto minhas mãos suarem.

Manuela: Amanda aconteceu sim - responde com uma voz de choro - a sua mãe ela começou a sentir uma tontura, e depois ela acabou desmaiando - soluça e já sou capaz de sentir lágrimas escorrerem por meus olhos - então eu liguei para a emergência e ela esta sendo atendida - soluço sentindo minha garganta queimar - eles pediram para algum parente vir e então eu disse que ligaria para você.

Amanda: sim, sim - respondo com a voz embargada - eu já estou indo - me despeço dela e meu corpo começa a tremer.

Eu não posso perder a minha mãe.

Uma Babá de Outro MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora