Quando cheguei em casa, Tae estava arrumado para sair.
-Como foi lá? – Tae veio perto de mim.
-Normal – eu respondi com desdém – Falei o que a gente tinha combinado.
-Está tudo bem? – Tae pegou uma mecha do meu cabelo e pôs atrás da minha orelha.
-Tem que estar – eu olhei para baixo.
-Sinto muito por ter posto você nisso – Tae levantou a minha cabeça.
-Estamos juntos nisso – eu olhei para ele.
-Estamos juntos nisso – Tae me abraçou - Vou tentar voltar o mais cedo possível – Tae me olhou.
-Tudo bem – eu me afastei dele e sentei no sofá.
-Até mais tarde – Tae me deu um beijo rápido quando passou por mim.
Eu ainda não estava acreditando no que eu e o Tae havíamos feito. Eu o enterrei, eu menti para polícia e terei que enfrentar muitas coisas daqui para frente. Eu nunca tinha me sentido tão mal, era como se eu fosse a pior pessoa do mundo.
Estava fazendo o almoço quando ouço batidas na porta, por um segundo eu pensei que fosse o Tae, mas mal fazia uma hora que ele havia saído. Desliguei o fogão e fui abrir a porta.
-Dona Alison? – eu perguntei surpresa.
-Posso entrar? – ela me olhou e antes que eu pudesse responder ela entrou e eu fechei a porta.
-Como à senhora sabe que estou morando... – ela interrompeu a minha pergunta.
-Quero saber o que fez com meu filho – ela falou num tom imperativo.
-Acho que senhora está meio confusa – eu falei tentando parecer tranquila.
-Eu sei que você fez meu filho desaparecer, e eu exijo que você me diga o que fez com ele – ela falou alterada.
-Seu filho fugiu, eu não faço a mínima ideia de onde ele possa estar – eu falei um pouco mais alto.
-Por que está mentindo? – Alison questionou – Não importa o quanto você negue, eu sei que você não passa de uma traidora mentirosa que mereceu cada um dos tapas que meu filho deu em você.
-Acho melhor a senhora me respeitar, a senhora está na minha casa – eu falei tentando me controlar.
-Você não quis dizer... a casa do meu amante – ela me olhou triunfante.
-Eu não sei do que você está falando... – ela me interrompeu.
-Eu sei que esse tal de Tae é seu amante – Alison me olhou me fazendo ficar sem jeito.
-A senhora não devia falar o que não sabe – eu demorei um pouco para rebater suas palavras.
-Você não devia se agarrar com o seu amante em público, seu namorado pode ficar sabendo – ela falou em tom de desafio.
-Foi você – eu pensei alto – Você tirou as fotos, você as entregou para o Renan... – eu fui interrompida.
-Você quer os meus parabéns por ser tão esperta? – ela me olhou.
-Por que você fez isso? – eu olhei enquanto organizava meus pensamentos.
-Eu não ia deixar você enganar ele desse jeito... – ela fez uma pausa – Eu sempre soube que você não prestava.
-Eu não prestava? – eu falei revoltada – Ela me batia, a gente vivia num relacionamento abusivo.
-Você merecia apanhar – ela rebateu.
-Ninguém merece apanhar, ninguém merece ter seu filho como namorado – eu falei olhando para ela.
-Não fale dele assim – ela falou alterada.
-Eu sempre desconfiava o motivo dele ser assim, mas hoje, olhando para a senhora, ouvindo os absurdos que você diz, eu tenho certeza – eu a olhei e falei firmemente.
-Eu não vim aqui para você falar desse jeito comigo – ela falou tentando se manter forte.
-Então... – eu andei a até a porta de entrada e a abri – Obrigada pela visita – eu estiquei o braço para fora enquanto olhava para ela.
-Eu vou fazer você pagar pelo o que fez com meu filho – ela me olhou pela última vez e saiu.
Fechei a porta, sentei no sofá e algumas lágrimas desceram pelo o meu rosto. Eu estava angustiada, eu não sabia descrever o quanto foi difícil ver a mãe do Renan, e falar que eu simplesmente não sabia onde ele estava.
Liguei para o Tae e ele atendeu depois de alguns segundos.
-Um minuto – ele falou com alguém do outro lado da linha – O que foi? – Tae falou comigo – Está tudo bem?
-Precisamos conversar – eu falei enxugando uma lágrima no meu rosto.
Continua...
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Como será o amanhã? (Imagine Taehyung)
Roman d'amourUm relacionamento abusivo pode deixar marcas, e você diz isso por experiência própria. Tudo eram cinzas, até ele aparecer. Mas nada é perfeito... E agora, você é cúmplice de um assassinato, então, como será o amanhã?