Como será o amanhã? (Imagine Taehyung)

Novo delegado? (Capítulo 13)

Estacionei o carro em frente da delegacia, peguei um espelho que tinha na bolsa e retoquei o meu batom nude.

Entrei na delegacia e me encaminharam para a sala do delegado.

-Boa tarde (s/n)! – um homem que eu não conhecia se levantou – Ah! Onde estão meus modos? – ele sorriu rapidamente – Prazer, me chamo Harris, Delegado Harris – ele estendeu a mão.

-Prazer! – eu fingi um sorriso e apertei a sua mão.

-Sente-se – Harris apontou para a cadeira, e após eu sentar dei outro sorriso.

-Pensei que o Delegado Oliver estivesse tomando conta do meu caso – eu me ajeitei na cadeira.

-Oliver teve que ser afastado, motivos que não convém a essa conversa – Harris coçou a garganta – Você fez uma denúncia faz pouco, mais de uma semana... – eu interrompi Harris.

-Vocês tem alguma notícia do Renan? – eu perguntei tentando me manter normal.

-Acho que deveria me deixar terminar de falar para descobrir – Harris me olhou.

-Desculpa! – eu olhei para ele.

-A Senhora Alison, mãe do Renan, veio prestar depoimento sobre o desaparecimento do Renan – Harris fez uma pausa – Ela parecia estar muito abatida, mas disse algumas coisas que podem nos ajudar a dar um desfecho nessa história.

-Poderia dizer que tipo de coisas ela disse? – eu perguntei normalmente.

-É exatamente por isso que você está aqui – Harris fez uma pausa e pegou um papel e o analisou rapidamente – A Senhora Alison tem total convicção que você teve alguma coisa a ver com o desaparecimento do filho dela... O que me fez pensar em várias coisas... – Harris me encarou – Logo pensei que por que você prestaria uma queixa sobre o desaparecimento de alguém que você fez sumir, e descartei a hipótese dela... – Harris fez outra pausa – Mas... Estou há muitos anos nesse mundo de crimes (s/n), e conheço planos e estratégias que talvez você nunca saiba que exista.

-Você acha que eu desapareci com ele? – eu o encarei – Você não tem noção do que eu estou passando – eu falei em tom dramático, mas firme – Não sei se o senhor já olhou para as minhas olheiras... Mas, eu não consigo dormir faz muito tempo – eu fiz uma pausa – Eu tenho medo, medo dele voltar, medo dele fazer alguma coisa comigo, o senhor não tem ideia do que é viver em relacionamento abusivo – eu falei fingindo estar prestes a chorar – Não sei como o senhor tem coragem de levar essa hipótese adiante.

-Por favor (s/n) – Harris abriu a gaveta dele e me deu um lenço de papel e eu enxuguei as minhas lágrimas – Poupe-me do seu drama – Harris fez uma cara de tédio – Senhora Alison nos contou sobre seu possível envolvimento com Kim Taehyung... – Harris falou e eu tentei disfarçar minha preocupação – Você tem algo a dizer sobre isso?

-O que isso tem a ver com o caso? – eu perguntei em tom de voz ainda chorosa.

-Kim Taehyung foi o motivo de briga entre você e o Renan na noite da fuga? – Harris me encarou.

-O que isso tem a ver com o caso? – eu falei em um tom mais firme.

-Poderá ajudar a ligar alguns pontos dessa história – Harris falou e se curvou sobre a mesa – Tem algo que não nos disse (s/n)?

-Isso não ajudará em nada a resolver o caso, e eu pelo o que eu sei, sua única função é resolver o caso, e não especular a vida das pessoas – eu o encarei fixamente.

-Vai agir desse jeito (s/n)? Quer que isso seja assim? – Harris me encarou.

-Eu só quero que vocês resolvam o caso, só isso – eu respirei fundo.

-Ótimo! – Harris abriu uma outra gaveta e após pegar uma foto a jogou sobre a mesa – Nessa foto, claramente dar para ver você e o Kim Taehyung se beijando... – eu o interrompi.

-Olha... – eu me curvei sobre a mesa – Eu já disse, e não gosto de repetir as coisas – eu fiz uma pausa – Mesmo se você souber meu relacionamento com o Tae, mesmo se souber de cada detalhe das nossas noites ardentes, isso não vai mudar em nada o rumo desse maldito caso – eu falei mais alto e quando Harris ia falar eu continuei – Então, por favor, só me chame nessa droga de delegacia quando realmente tiver notícias do Renan – eu levantei da cadeira – Tenho uma ótima tarde! – eu andei até a porta e ao sair a bati com força.

-Como eu sou idiota! – eu pensei enquanto entrava no carro.

Sentei no banco do motorista e toquei a buzina por um longo tempo. Como eu posso ser tão idiota? – eu penso com raiva. Tudo estava indo bem, eu era a namorada coitada, todos se emocionavam com o meu drama, mas agora eu teria muito trabalho para deixar tudo nos eixos de novo.

Continua...