Como será o amanhã? (Imagine Taehyung)

Conversando com o Tae (Capítulo 12)

Eu estava tentando dormir quando o Tae entrou no quarto tentando não fazer barulho, mas fracassou após bater o pé na cômoda.

-Desculpa, não queria acordar você – Tae falou baixo e fechou a porta.

-Eu não estava dormindo – eu fiquei semideitada na cama – Já faz dois dias que eu não sei o que é dormir.

-Queria ter voltado mais cedo, mas Mike me ligou e pediu para que eu o encontrasse – Tae sentou na cama e começou a tirar os sapatos.

-O que ele falou? – eu perguntei normalmente.

-Ele conseguiu apagar as câmeras de segurança, e colocou o vírus, não tem com o que a gente se preocupar – Tae também ficou semideitado na cama.

-Você consegue dormir? – eu olhei para ele – Digo... Tranquilamente.

-(s/n)... – Tae começou a falar, mas eu o interrompi.

-Eu mal consigo olhar para as pessoas, você sabe o quanto foi difícil falar com a Dona Alison hoje pela manhã? – eu falei um pouco mais alto.

-Eu sei que teve ter sido difícil... – Tae falou compreensivo.

-Você não sabe – eu rebati – Ela pode ser a pior pessoa do mundo, mas nós tiramos o único filho dela – eu falei com os olhos marejados.

-(s/n)... – Tae me abraçou – Eu sinto muito, eu não devia ter te posto nisso – ele afastou o rosto um pouco e olhou nos meus olhos.

-Não... Não precisa pedir desculpas por isso, estamos juntos nisso – eu o abracei novamente.

-Desculpa ter te posto nessa situação, eu não imaginava que a mãe dele viria falar com você – Tae entrelaçou seus dedos nos meus.

-Eu a entendo, sabe? Ela só quer ver o filho – eu fiz uma pausa olhando para as nossas mãos – Deve ser difícil para ela.

-Ela pensa que ele está desaparecido – Tae falou normalmente.

-Isso não continua sendo terrível? – eu olhei para ele.

-Eu não disse isso – Tae me olhou.

-Enfim... Como foi lá com o Mike? – eu voltei a olhar para as nossas mãos entrelaçadas.

-Ele pediu o cartão de crédito do Renan, disse que iria se livrar dele assim com o mala e a identidade – Tae começou a fazer cafuné em mim.

-Você entregou o cartão? – eu perguntei normalmente.

-Não tive motivos para fazer o contrário – Tae parou de fazer cafuné e eu olhei para ele – Mike está nos ajudando muito, eu confio nele.

-Como você conheceu o Mike? – eu me ajeitei na cama e voltei para a posição inicial.

-O conheço desde o ensino médio, éramos melhores amigos, mas o tempo não nos ajudou muito – Tae falou pensativo.

-Se não são mais melhores amigos, por que confiou nosso segredo a ele? – eu o olhei para o Tae.

-Já passamos por muita coisa (s/n)... – ele suspirou com uma expressão pensativa – Temos uma dívida.

-Dívida? – eu perguntei normalmente.

-Há muitas coisas que você ainda não sabe sobre mim (s/n)... – Tae me olhou.

Continua...