5-Eu sei quem você é

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  "No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade."  -Albert Einstein






[Mark]

Vi a morena​ se levantar do lugar ajeitando as rugas da saia lápis escura que usava.

-Hey, o que está fazendo? -perguntei confuso.

-Indo embora, lógico. -respondeu como se eu fosse idiota.

Bem, talvez eu estivesse com a aparência de um, depois do ocorrido.

-Por que? -me vi perguntando antes que ela se afastasse por completo da mesa.

-Por que o que, seu doido? -ela disse e eu me senti profundamente ofendido com o insulto, mas resolvi ignorar por hora.

-Por que a senhorita está indo embora? -reforcei a pergunta.

-Porque sim. - ela rebateu com o semblante franzido, o que era uma crueldade com a pela bonita de seu rosto.

Ela deveria sorrir mais. -pensei comigo mesmo.

Pensei em contradize-la ao apontar que porque sim não era resposta, porém não considerei sensato se o meu objetivo era mante-la por mais algum tempo na minha presença.

-Fique mais um pouco, senhorita...?

Fiz uma tentativa de descobrir seu nome, mas não obtive êxito. Ela não caiu no truque.

-Não, obrigada. Tenho um compromisso agora com uma pessoa, se não se importa. -ela sorriu de maneira cordial e virou-se de costas deixando-me para trás com o queixo caído mediante sua atitude despreocupada.

Observei por alguns segundos, ela avançar por entre mesas do restaurante e o movimentar de seus quadris femininos naquela saia que lhe caía muito bem, e valorizava suas belas curvas.

Ora, eu sou humano! É claro que reparei nesse tipo de coisa, não estou morto e muito menos cego.

Porém ao invés de me ater a essas observações nada honrosas, me levantei em um pulo e pus-me a segui-la a passos apressados para alcança-la.

-Ei, ei! -a chamei parando em frente a recepção, onde os dois funcionários do balcão nos observavam discretamente com o canto dos olhos.

-O que você quer? -ela se voltou para mim.  -O que, de verdade, você quer de mim?

-Eu não quero nada de você, a não ser agradece-la. 

-Você já fez isso e eu aprecio. Mais alguma coisa? -indagou erguendo uma sobrancelha de forma impaciente.

Era o que eu estava me perguntando também, eu queria mais alguma coisa? Contudo nada me vinha a mente naquele momento e o motivo disso? Eu não fazia a menor ideia.

 Por que de repente eu estava tão nervoso como estava agora na frente dessa mulher? Não fazia o menor sentido. Eu já havia enfrentado uma sala inteira de homens engravatados querendo comer o meu fígado e havia me saído muito bem, então, por que agora?

-Foi o que eu pensei. -ela resmungou​ com um sorriso presunçoso nos fartos lábios.

-Não vai me dizer nem o seu nome? -perguntei perplexo

Ela fingiu ponderar por um momento antes de responder de maneira irônica.

-Não. -e foi embora assim, do nada.

Ah, mas isso não ia ficar assim! -pensei comigo mesmo.

Nem que eu tivesse que revirar essa cidade atrás de cada pessoa até descobrir quem ela era, eu não iria descansar.

Como eu me meti nessa roubada -DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora