4-Uma roubada quase catastrófica

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[Capítulo meeeeeega grande e sem  revisão!]


"Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada." -Helen Keller





[Mark]

-Senhorita Gilbert. Senhorita Gilbert. -chamei minha secretária pela segunda vez.

-A-ah, pois não, senhor? -ela respondeu despertando do transe.

Depois de uma boa discussão consegui trazer a senhorita Gilbert, minha secretária, para continuar trabalhando comigo aqui na nova filial do Brasil. É óbvio que eu a questionei se era o que ela queria, mesmo que não precisasse fazer isso, pois como funcionária da empresa ela deveria ir para onde quer que fosse designada. Ela tinha o direito de decidir se queria dar aquele passo, querendo ou não era uma mudança enorme em sua vida, para um outro país sendo mais exato.

A senhorita Gilbert empertigou-se no banco de couro do acento oposto que ficava de frente para mim, no jatinho em que estávamos voando. Ela piscava seus grandes olhos de maneira frenética enquanto ajeitava o óculos de grau sobre a ponte do nariz.

 A pobrezinha morria de medo de voar e eu podia apostar meu rolex, que ela estava morrendo de vontade de roer as unhas em decorrência do nervosismo, como fazia em momentos tensos quando ninguém estava olhando. Contudo ela se mantinha firme em sua postura ereta e profissional.

-Você precisa relaxar, mulher. Estamos quase chegando. Faltam.... -conferi o horário no relógio em meu pulso.  -Vinte minutos para pousarmos  na capital do estado. 

Ela soltou um suspiro quase imperceptível de angústia. Prendi o riso em respeito a sua condição. Em breve estaríamos em solo firme de uma cidade chamada Belo Horizonte que ficava em um estado de nome Minas Gerais e ela poderia respirar aliviada.

-Se continuar apertando o braço da poltrona assim, vai perder seus dedos ou a mão inteira, senhorita Gilbert. Olhe o estado dos mesmos. Estão tão brancos quanto as nuvens do lado de fora. Deixe um pouco de sangue circular pelos pobres membros, mulher. -eu brinquei para descontrair o clima que pairava sobre a pobre criatura.

Gilbert deu uma risadinha nervosa e lentamente desprendeu os dedos do braço da poltrona que agora continhas variadas marcas de unhas. Sem ter como descarregar a adrenalina que corria por sua veias, em poucos minutos ela começou a balançar as pernas agitadamente. Eu até  aguentei aquela mania irritante por um tempo considerável, mas no fim das contas eu acabei me estressando com aquilo.

-Para, por favor. -pedi detendo o movimento com uma mão em sua perna.

Ela arregalou os olhos assustada. Provavelmente nem havia percebido quando começou com aquele tique nervoso.

-Desculpa, senhor Sloan. -ela disse envergonhada.

-Tudo bem. Só não continue.

Nessa hora fomos interrompidos pela voz do piloto que soou pelos auto-falantes da aeronave, informando que pousaríamos dentro de instantes e aconselhou que colocássemos nossos cintos de segurança.


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Como eu me meti nessa roubada -DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora