Coisas estranhas e malucas

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Quando acabou, ficamos mais um pouco conversando, e sempre que eu o encarava, ele desviava o olhar e corava.

– Tchau, Lav. – Nessie me abraçou, e eu retribuí no mesmo instante.

– Até mais. – falei.

– Hey, o que Seth falou de mim quando se conheceram? – Jacob perguntou.

– Hm, na verdade nada, exceto que ele tinha um amigo chamado Jacob Black, que era extremamente chato e um porco. – respondi, sorrindo.

– Ah, claro. Contanto que não foi algo ruim. – falou, sarcástico, me fazendo rir.

Conversei um pouco com Daniela também, que não desgrudava de seu namorado.

Nos despedimos do resto do pessoal, e fomos para casa. Sue e Charlie com o seu carro, e Seth e eu, como sempre, na moto.



– E então? O que achou? – ele me perguntou, quando tirei o capacete. Sue e Charlie haviam entrado primeiro.

– Foi muito legal. – confessei. – Teria me arrependido pelo resto da vida se não tivesse ido. – brinquei.

– Eu sabia que você iria gostar. – ele sorriu imensamente, também arrancando um sorriso de mim.

Seu sorriso se desfez um pouco, enquanto ele parecia concentrado me analisando.

– Seth, precisamos conversar. – murmurei, fitando meus pés.

Escutei-o engolir em seco.

– Pode dizer. – ele falou, quando viu que eu não diria nada.

– Aquele negócio chamado imprinting... você... – suspirei, finalmente olhando em seus olhos. O que foi um erro. Meu coração bateu descompassado. – Você teve por mim?

O olhei, à espera de o mesmo explodir em gargalhadas, dizendo que sou louca. Mas me olhou sem nada dizer, parecendo sem palavras.

– É por isso que você falou que a garota que você ama, sou eu? – insisti. – Por isso você me beijou e me contou o seu segredo? Seth, por favor, fale algo!

– Crianças. – Sue gritou da porta, na varada. – Vai começar a chover. Deixem para conversar dentro de casa.

Assentimos e entramos. Pensei em pegar sua mão no caminho, no entanto seria estranho para Charlie e Sue verem isso.

– Hmm, Sue, Seth vai me ajudar com algumas lições de biologia, ok? – menti, pensando em como ficaria estranho. Nós dois. Em um quarto. Sozinhos.

– Claro, querida. – ela falou, da cozinha, onde estava com Charlie. – Boa noite, crianças.

– Boa noite. – respondemos. Aproveitei essa oportunidade para pegar sua mão e arrastá-lo para o meu quarto. Fechei a porta e me sentei na cama.

– Você está quente, Lavine...

– Senta e não desconversa. – falei, dando dois tapinhas no lugar vago ao meu lado. – Não vai fugir do assunto. Então... você teve imprinting por mim?

– Sim. – ele confirmou, olhando em meus olhos. Havia uma ponta de preocupação, sobretudo deixei quieto. Sua afirmação me deixou feliz.

– E por que nunca me disse nada sobre isso? – perguntei, repentinamente brava. Meus nervos se agitaram por ele esconder algo assim de mim. Cruzei os braços.

Você é meu destino (Quileutes - pós Saga Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora