Sorreh de verdade pela imensa demora. Faculdade e trabalho não são fáceis. Mas aqui está mais um cap pra vocês! :*A reunião dos professores fez com que não tivéssemos aulas por alguns dias. Era perfeito. Levantar e dormir a hora que quiser e não se preocupar com trabalho... Não tinha como ficar melhor.
Eu jogava bola com os meninos lobos em frente a casa de Jake. Eu não tive a oportunidade de praticar muito esporte na infância, mas isso não me impediu de ser boa com os quileutes.
– Passa a bola, Brady! – gritei, e fui atendida. Dei meia volta e corri em direção a Paul, que estava protegendo o gol do seu time.
Dei um sorriso, percebendo que seria fácil enganá-lo. Chutei a bola e...
– GOOOL! – gritei, pulando. – Fiz outro gol! Estou chutando o traseiro de Jared. Há, há!
Eles haviam mandado mensagem para Seth, avisando que teria futebol no quintal de Jacob. Mais uma vez eu salvando a pátria, consegui convencer Edward de deixar Nessie sob meus cuidados. Ou ele confia muito em mim, ou apenas acha que é bom ter sua filha com uma amiga tecnicamente da mesma idade.
– Ahhh, sabia que ela faria esse! – Nessie soltou um grito empolgado, sentada na varanda. Usava uma roupa normal: um vestido de verão com uma meia calça cinza e sapatilhas. Seus cabelos soltos e compridos voavam de acordo com o vento.
Como tive de passar na casa dos Cullen para persuadir meu cunhado – acostumei a chamá-lo assim –, Alice quase pirou ao me ver com uma regata branca, calça jeans e um tênis surrado.
“Juro que um dia morrer de desgosto”, e me puxou escada acima sem mais nem menos. “Não, Alice, por favor! Eu vou me sujar toda, de qualquer jeito. Essa é uma roupa simples para jogar futebol....” mas nada adiantou. Me enfiou dentro de uma roupa totalmente diferente da que eu estava. Mas admito. Ficou lindo: uma legging preta, uma bota fechada com um pequeno salto, e uma blusa de lã creme que ficava soltinha em meu corpo.
A cada segundo que passava eu ficava mais ansiosa para ter uns segundos de privacidade com Clearwater. Mal tinha dentro de casa, com Sue e Charlie arrumando uma desculpa para ir onde estávamos de dois em dois minutos. Acho que Edward era até melhor.
Seth quase que não me permitiu jogar. Isso me irritou de uma forma: não gosto que tentem mandar em mim. Porém ele tentara me proteger. Imagine uma menina de um e sessenta jogar com vários caras super altos. Não é algo lá de se imaginar sempre. Contudo também sou uma loba, e tenho a mesma força que todos os rapazes ali presentes. Eles que temam se barrar em mim. Há!
– Tempo! – gritei, assim que Embry fez um gol. – Preciso usar o banheiro.
– Fique a vontade. – Jacob ofereceu.
– Claro, irmãozinho.
Ele franziu o cenho. Virou costume o apelido.
Corri para dentro, afim de voltar o jogo.
– Essa portá é muito estranha. – resmunguei, com dificuldade de fechá-la após sair. – Pelo menos tem uma.
Comecei a imaginar o banheiro daquela casa minúscula sem porta. Seria bizarro.
De repente senti mãos em minha cintura, me virando.
– Oi. – sorri, sem fôlego. – Pensei que estaria jogando com os garotos.
– Não quis deserdiçar essa chance.
Dei graças a Deus que Billy não estava em casa. Não seria muito educado ele pegar a recente filha aos beijos com o namorado embaixo do seu teto. Na verdade, não seria nada educado. Mas acho que valeria a pena correr o risco apenas para ficar alguns minutos de privacidade com o melhor namorado do mundo.
A temperatura de nossos corpos misturadas fazia com que tudo ficasse melhor.
Eu me perguntava se Nessie deu alguma dica para Seth de como agir nesses momentos comigo, pois no começo ele me tratava como uma rosa delicada. Agora não é mais tanto assim. Bem, eu prefiro assim, porém ele deve ter descoberto isso apenas de duas formas: Nessie contou-lhe, ou ele leu os pensamentos de alguém que tinha lido os meus – ou diretamente de minha cabeça.
Talvez eu deveria sentir vergonha por ser meia que pega no flagra.
Que se dane.
Era bom demais para ficar perdendo tempo em suposições.
Depois da nossa primeira vez, ficava difícil resistir a qualquer aproximação. Para os dois. Foi tão bom e tão único que dava vontade de repetir mais e mais vezes.
– Talvez estamos aqui tempo demais. – quebrei o beijo contra a minha vontade.
– Bem, ninguém vai contar a Charlie ou Billy. – falou. Suas mãos me prendiam a porta, e ao seu corpo. – Eles nos darão o tanto de cobertura que quisermos.
– E se tudo isso for uma armação deles dois e de Sue para ver como nos comportamos em sua ausência? – arregalei os olhos.
Seth riu, e beijou minha testa.
– Como pode passar tantas coisas por essa cabecinha, hein? – me abraçou, e procurou por meus lábios outra vez. A gente nunca se cansava disso.
– Lavine, Seth! – Renesmee entrou apressada pela porta. – Eles estão chegando.
Oops. Esqueci de que Sue viria com Charlie a casa dos Black para o almoço.
Fomos obrigados a interromper nosso momento e sair como se nada daquilo tivesse acontecido. Não é preciso dizer que a mãe de Seth e seu marido nos olharam desconfiados. E Billy encarou Seth com uma cara não muito boa. Quase ri disso.
Foi meio chato estar ali, todo mundo reunido – e expremido, não posso esquecer – na sala de Billy. Quando vimos que isso não daria certo, fomos para a varanda. Sim. Foi bem melhor.
Billy contava lendas quileutes. Eu já ouvira, mas parecia que me fascinava mais e mais a cada vez que elas entravam pelos meus ouvidos.
– Bem, está ficando tarde, crianças. – Charlie chamou a nossa atenção. Billy já acabou com as histórias e estávamos comendo e conversando. Bem, Seth e eu conversávamos mais entre nós dois. – Billy e Jacob precisam descansar.
– É sempre um prazer ter todos vocês aqui. – ressaltou, sorrindo simpático.
Fui me despedir do meu irmãozinho e do meu pai.
– Espero que você não seja rebelde como Jacob. – meio que brincou.
Jacob o olhou com uma sobrancelha arqueada. Mas talvez também não tenha levado tão a sério.
– Bem, não posso prometer nada. – respondi. – A vida me dá muitos motivos para isso.
Riu e me puxou para um abraço. Dei um beijo em Jacob e fui para onde Charlie me esperava com Sue e Seth, no carro.
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Você é meu destino (Quileutes - pós Saga Crepúsculo)
FanficLavine é uma garota excluída que mora numa cidade grande. Perdeu os pais em tragédias ao longo da vida, e a irmã foi levada para um orfanato diferente do seu. Sofrendo bullying aonde quer que vá, ela não tem amigos. Mas de repente se vê em um desti...