Capítulo 8 ✓

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Depois daquele dia foi ficando mais difícil conviver com Felipe, que tinha se achado no meio daquele sangue, daquele cheiro de gente morta. Ele estava completamente insano.

Todos os dias ele levava alguém para torturar na frente de Rafael, e aquilo o deixava maluco, cada perfuração, cada desmembramento, cada mísero movimento de tortura que o moreno fazia, aumentava mais a sua sede de sangue inocente percorrendo por entre suas mãos, sua sanidade estava se perdendo tão rapidamente como um trem bala andando nos trilhos.

E lá estava o loiro, olhando mais uma vítima de seu sequestrador sendo morta diante seus olhos. Aqueles gritos de agonia da mulher deixava seu corpo inquieto. Ele queria ajudar, mas como?

Felipe pegou sua ak-47 atirando na cabeça da jovem ruiva, a voz daquela ruivinha irritou o mesmo quando ele estava no mercado fazendo compras, era muito fina e infantil. Então ele esperou ela andar até seu carro levando as sacolas de mantimentos, a enfiou em seu porta-malas e estava ali, tirando a vida dela.

Suas vítimas eram todas desconhecidas por ele, nunca tinham lhe feito nada, mas em sua cabeça fazia sentido matar elas. Cada tiro, cada corte, cada tudo que ele fazia era um misto de poder e adrenalina que lhe causava.

Depois de limpar o sangue de seu rosto, ele vestiu sua camisa e olhou o loiro, soltando as amarras de suas mãos.

- Limpe tudo, amor. O próximo humano não vai querer sentar numa cadeira ensanguentada. - Felipe disse ao loiro, e o deixou sozinho ali.

Rafael pegou os panos e a água e começou a limpar, seu corpo todo tremia enquanto o fazia. Ele tinha um plano em sua mente, ele queria roubar uma daquelas facas que Felipe usava, mas o medo estava lhe dominando sem deixar ele sequer olhar para as armas brancas.

Após vomitar duas vezes, ele conseguiu limpar todo aquele sangue, ele olhava para a garota morta com pena: Tão bonita, teria uma vida tão longa... Ele sentiu seu coração palpitar ao ver aquela garota ruiva pela primeira vez quando Felipe a trouxe pra casa, mas isso não era importante agora não? Ela estava morta.

Respirando fundo, ele tomou coragem e foi até a mesa, pegando uma faca ensanguentada. Ele a limpou com o pano e escondeu em suas vestes. Saindo do local, Felipe o levou o puxando pelos cabelos para o seu quarto e amarrou na cama, já tirando sua roupa.

— Temos tantas coisas para fazer, meu anjo. - Felipe sussurrava, já se aproximando.

Naquele quarto, voltou a acontecer novamente aquela violência sexual tão conhecida por Rafael, em frente aos corpos mortos. Felipe matava aquelas pessoas e deixava seus corpos no quarto de Rafael.

Rafael se arrependia de ter pegado a faca, que estava cortando um pouco suas costas pelos movimentos de Felipe, mas quando ele acabou e deixou o loiro sozinho, Rafael se sentia seguro tendo aquela arma branca escondida com ele.

» Fragments Of A Killer « ¡Cellps!Onde histórias criam vida. Descubra agora