Capítulo 06

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Louva-a-deus gigante gasoiliano - Espécime de louva-a-deus gigante unicamente avistado nos arredores da Floresta Gasoil, obra do alquimista Eurimedon Domelre. Suas asas e seu corpo verde e esguio é capaz de confundir-se com os ramos e folhagem de árvores. As patas dianteiras longas e foiciformes funcionam como armas, que executa apreensões e cortes extremamente rápidos. São caçadores de emboscada e esperam a hora certa para atacar a presa, sendo apropriadamente eficientes nesse tipo de ataque. Possui uma cabeça grande e triangular com cinco olhos, dois maiores e bulbosos, facilmente identificáveis, e três menores na região da testa, que enxergam apenas variações de luz no ambiente. Possuem uma carapaça resistente e uma iniciativa de ataque veloz. Possui um órgão cimbálico na base do abdômen, onde uma membrana estridulatória chamada timbal vibra produzindo um som muito agudo e atordoante. O Louva-a-deus gigante gasoiliano é capaz de cantar incessantemente até enfraquecer a presa. Tem cerca de 7 cascos de altura e 9 cascos de comprimento. As lâminas de ataque tem 3 cascos de comprimento e são muito resistentes.


04° dia do mês Plúmbeo de X206

Já era noite, possível de se perceber pelo céu escuro, visto da janela do quarto. As cortinas brancas não estavam totalmente fechadas, fecharia elas mais tarde. No momento, permaneciam entreabertas para observar a movimentação na rua. Queria ter certeza se não estava sendo vigiada. As paredes do quarto de Drika tinham um papel de parede vermelho, essa era a sua cor favorita, qualquer um adivinharia, só de ver a jaqueta de couro que ela adorava usar. A luz do quarto vinha de uma candeia a óleo, acesa em sua escrivaninha.

A porta se abriu aos poucos e a pessoa, ainda segurando a maçaneta, viu Drika em sua cama, alerta, os cabelos brancos caídos todos sobre o ombro esquerdo e o pescoço, os olhos escuros muito atentos. Sua expressão parecia assustada, mas aliviou-se assim que viu o rosto de Marv.

- Você não sabe bater não, seu idiota? - tentou se mostrar zangada, mas não estava de fato, e sim tranquilizada com o amigo ali com ela - Eu podia estar sem roupa.

- E você, não sabe me avisar quando chega de viagem, sua idiota? - ele colocou os dedos polegar e indicador no queixo, fez uma expressão séria e a avaliou inteira - Hmm, você parece vestida para mim. Aliás, o que você está fazendo?

- Eu? Nada - empurrou discretamente o cabo de sua faca de volta para debaixo do travesseiro de penas, escondendo-a do campo de visão do amigo - Só estou aqui, hã, descansando, tranquila.

Ela não parecia estar descansando e tranquila, mas ele não insistiu.

- Isso eu sei, mas você não deveria estar se arrumando para o seu jantar? Imagine a surpresa que eu tive ao ficar sabendo que Johander convocou todos para seu jantar de comemoração de 100 bestas. Quer dizer, eu sabia que você estava bem perto de completar a meta, mas eu esperava ao menos que você me dissesse pessoalmente.

- Jantar? Ah, é, droga, o jantar idiota. - ela não achava o jantar idiota de verdade. Sonhou com esse dia durante muito tempo, adorava ser reconhecida e ser o centro das atenções, imaginou várias vezes inclusive a comemoração, mas agora que ele havia chego, não estava assim tão feliz. Talvez apenas não estivesse em clima de festa hoje - Quanto tempo eu tenho?

- Quase uma hora, o que, para você, é bem pouco tempo. - ele riu - Mas você ainda pode tomar um banho. Sei que aquele seu vestido rosa pérola que você comprou ano passado está guardado aí em algum lugar. Eu te espero, garota-desastre.

- Não sei se estou afim de usar aquele vestido. - ela falou, manhosa -Você acha que hoje é um bom dia para rosa mesmo? Estava pensando em usar preto.

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⏰ Última atualização: Jan 10, 2018 ⏰

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