Capítulo 2

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Primeiro dia de aulas, hoje vou conhecer a minha nova turma, mas como sempre tenho a certeza que não vou conseguir fazer amigos novos, e vou ser a excluída da turma, como sempre fui, talvez até fosse melhor assim, ao menos não arranjava sarilhos.

Depressa me levantei, faltava 1h para começar a primeira aula, fui para a banheira, fiquei uns 20 minutos a tentar prever como iria ser este dia, e admito que fiquei assustada, não estava preparada. Sai do banho, enrolei uma toalha a volta do meu corpo, e outra mais pequena a volta do meu cabelo. Procurei pelos meus óculos, meti-os e olhei-me ao espelho, infelizmente, estes tiravam-me a beleza aos meus olhos azuis, procurei uma roupa, vesti umas calças largas e uma blusa de gola alta cor de rosa, calcei umas sabrinas rosa, sequei o meu cabelo e  faltavam 15 minutos para entrar, fui para a universidade.

Na universidade, haviam vários alunos a tentar encontrar a sua sala, e já haviam vários grupos, eu andava sozinha.

Entrei na sala, e o professor entrou logo de seguida, fez uma breve apresentação e depois, todos os alunos tiveram de se apresentar. O rapaz a quem pedi ajuda era da minha turma, bestial.

"Sou a Sophie, tenho 18 anos, e sou portuguesa" estavam todos a olhar para mim, como estava nervosa.

A aula acabou depressa, mais uma passou, e estava na hora de almoço, fui para o refeitório, e não sabia onde me sentar, pois todas as mesas estava ocupadas, vi um lugar livre ao pé do tal rapaz que era da minha turma, Harry, era o nome dele, e como era o único onde não estava ninguém, dirigi-me para lá, na esperança de ele estar mais simpático hoje.

"Posso?" perguntei, sentando-me.

"Não" ele respondeu, com um ar trocista.

"Mas, estás a espera de alguém?"

"Não, só não quero a tua companhia"

"Mas... E-eu não tenho onde me sentar..."

"Não quero saber, baza"

“T-tu tens a-alguma coisa contra m-mim?” perguntei assustada.

“Miúda, baza daqui” ele gritou.

Não sabia o que fazer, e agora? Sentia-me tão corada, estava sem duvida bastante vermelha e triste, quase a soltar uma lágrima, mas eu fiz-lhe algum mal? Não, não compreendo porque ele é assim comigo, eu não lhe fiz mal nenhum.

Pousei o tabuleiro num carro de limpeza, tirei a peça de fruta, a garrafa de água, e sai dali a correr, sem almoçar. Estava a começar mesmo bem este dia, não haja duvida, não falo com ninguém, mas quando decido falar, ou quando preciso de falar, parece que escolho logo as pessoas mais arrogantes, é isso que ele é, um arrogante, sem sentimentos, mas custava-lhe alguma coisa ter-me deixado sentar ao lado dele?

Ainda na hora de almoço, estava sentada num banco no pátio da universidade, vi uma rapariga dirigir-se para mim, tinha o cabelo castanho, igual aos seus olhos, mas era incrivelmente bonita, não deviam faltar rapazes atrás dela.

One More Chance || H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora