Capítulo 36 - P.O.V. HARRY

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Ela convidou-me para entrar e eu não hesitei, queria estar o máximo de tempo com ela possível. Entrei-me e deitei-me apressadamente na cama dela, por cima dos cobertores. Acho que ela pensa que eu a quero levar para a cama, mas essa não é a verdade.

"Eu não quero ir para a cama contigo, não já, apenas te quero beijar" eu disse bastante sincero e acabei por unir os meus lábios aos seus, num beijo calmo, sem pressas, era um beijo cheio de sentimentos, eu tentei negar o que sentia por ela, mas a verdade é que estou apaixonado, custa-me admitir para mim mesmo, e nunca irei admitir para ela. E se ela não sentir o mesmo? Eu não estou habituado a ser rejeitado, por isso prefiro não me declarar.

Separamos os nossos lábios e eu fiquei a observar o azul dos seus olhos, era uma cor linda, eu apreciava tudo nela para dizer a verdade. Quem diria que eu me iria apaixonar, e logo por ela.

Pareceu-me vê-la criar lágrimas nos seus olhos, e senti de imediato um aperto no coração.

"que se passa?" eu não hesitei e perguntei.

"a minha mãe morreu" ela fez uma pausa "e e-eu não sei o porquê, o Thomas não me contou, eu preciso de saber"  a sua mãe morreu, e eu não sei o que fazer para a animar, o irmão dela devia-lhe contar a verdade, afinal, porque não o faz? Será algo assim tão grave? Não pode ser, será que a mãe dela sofria de alguma doença? Foi atropelada? Nada justifica o facto do irmão não lhe contar a razão da morte da mãe.

"desculpa não poder ajudar" eu disse, e sequei as suas lágrimas com os meus dedos, depositando de seguida um beijo nos seus lábios, ao qual ela retribuiu sem ter tempo de pensar no que estava a fazer, e creio que parou o beijo por finalmente estar consciente do que estava a fazer, mas eu não queria que ela tivesse parado o beijo, eu queria beijá-la novamente, mas eu não queria ser novamente afastado "desculpa" eu disse, estava a desculpar-me do meu ato, não queria que ela levasse a mal, de todo.

"Harry, desculpa eu, eu não te queria afastar" puxei a para baixo de mim de modo a ficar no meio das suas pernas, e devido às suas palavras depositei outro beijo nos seus lábios, e ela não parou, ela apenas continuou a beijar-me de uma forma que eu diria, apaixonada, não sei se ela está apaixonada por mim, na verdade, eu penso que não, seria bom de mais certo? 

"Amo-te" ela deixou escapar, e agora eu cai na realidade, eu não a posso amar, eu não sei amar, nunca amei ninguém, eu não sou rapaz de uma rapariga só.

"mas eu não te posso amar" eu respondi "eu não sou rapaz de uma rapariga só" eu disse, e notei tristeza no seu olhar.

Ela tentou sair debaixo de mim, mas eu não permiti, fazendo força para ela ficar, eu não queria que ele me mandasse embora do seu dormitório, mas eu sabia que era isso que ia acontecer, eu fui estúpido, eu sei e admito isso, mas eu nunca fiquei apenas com uma rapariga.

"Harry, deixa-me sair"

"não"

"caralho Harry, deixa-me!" notei lágrimas nos seus olhos e sai de cima dela dirigindo-me até à porta. 

Ela não precisou dizer nada, eu sai do quarto pois eu sei que ela iria-me expulsar de qualquer maneira, ouvi um estrondo, ela fechou a sua porta com força.

Eu sei que ela ficou desiludida comigo, ela provavelmente nunca tinha dito a ninguém que o amava, talvez eu tenha sido o primeiro e tive a reação de merda que tive, eu sei que ela não merecia isto, ela é boa de mais para mim, talvez ela precise de alguém ao nivel dela. Mas a pergunta é, será que eu quero que ela encontre alguém ao nivel dela? Não, porque eu sou egoista demais, eu preciso dela porque estou apaixonado, e não a quero deixar para outro rapaz qualquer, mas eu não consigo admitir isso, chamem-me cobarde, é o que eu sou e tenho a perfeita noção disso, afinal, ela ama-me e eu estou a deixá-la fugir devido ao meu passado de ficar com várias raparigas ao mesmo tempo.

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já sabem que dedico o próximo capitulo à primeira pessoa a comentar este.

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